O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, declarou que o governo de Donald Trump anunciará uma resposta ao Brasil, em reação ao julgamento que condenou Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe.
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Reação dos EUA
Em entrevista à Fox News na segunda-feira, 15, Rubio afirmou que o Estado de Direito “está em colapso” e que um juiz – em referência ao ministro Alexandre de Moraes – perseguiu o ex-presidente.
Será dada uma resposta dos Estados Unidos a respeito disso. Teremos alguns anúncios na próxima semana ou algo similar sobre as medidas adicionais que pretendemos implementar.
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Acusações de Rubio
Rubio acusou Moraes de tentar aplicar “ações extratritoriais contra cidadãos americanos”, em referência às decisões do magistrado que impactaram grandes empresas de tecnologia sediadas nos Estados Unidos e alguns de seus usuários.
O julgamento de Bolsonaro, na sua visão, representa mais uma etapa de uma campanha de perseguição judicial com o objetivo de prejudicar empresas americanas.
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Medidas Implementadas pelos EUA
Os Estados Unidos implementaram uma taxa adicional de 50% sobre a importação de vários produtos brasileiros, revogaram vistos de autoridades brasileiras e impuseram sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky.
Respostas de Alexandre de Moraes
Rubio e Trump ignoram ou desconhecem as evidências que justificaram a condenação de Bolsonaro por golpe de Estado, tentativa de derrubada do Estado Democrático de Direito, formação de organização criminosa, dano qualificado e deterioração de bens tombados.
Moraes justificou o cálculo da pena alegando que o ex-capitão buscou instrumentalizar o poder estatal para gerar instabilidade social e perpetuar sua permanência no cargo.
Moraes espera que o ocupante do mais alto cargo da República atue com rigor institucional, o que não ocorreu. Adicionalmente, conforme o relator, restou comprovado o funcionamento de uma organização criminosa com o objetivo de desestabilizar as instituições democráticas, o que torna a culpabilidade do ex-presidente altamente desfavorável.
Moraes destacou que os atos visavam “aniquilar as bases do Estado Democrático de Direito”. Para ele, a postura do então presidente Bolsonaro agrava a situação, considerando que, em seu papel de chefe do Executivo, promoveu a disseminação de informações falsas sobre o Brasil.
Fonte por: Carta Capital