EUA anunciam prêmio de US$ 50 milhões por Maduro, o que Venezuela descreve como “patético”

A recompensa oferecida pelo governo norte-americano é, para a América Latina, meramente uma “propaganda política” de Trump.

08/08/2025 9:39

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A Venezuela reagiu com críticas à decisão dos Estados Unidos de dobrar o valor da recompensa pela captura do presidente Nicolás Maduro. O novo montante fixado na quinta-feira 7 por Washington passou de 25 milhões de dólares para 50 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 272 milhões de reais, em troca de informações que levem à sua prisão. O governo venezuelano classificou a medida como “patética” e “ridícula”, acusando os EUA de usar o caso como cortina de fumaça política.

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A postura ridícula da premiação de Pamela Bondi é a maior cortina de fumaça que já observamos, declarou o chanceler da Venezuela, Yvânio Gil, em uma mensagem no Telegram.

Este evento é uma piada, uma distração desesperada de suas próprias misérias. A dignidade da nossa pátria não está à venda. Repudiamo esta grosseira manobra de propaganda política, acrescentou o chanceler.

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A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, anunciou que a recompensa por Maduro aumentou, tornando-se a maior da história, ultrapassando o valor oferecido pelo paradeiro de Osama bin Laden. Em um vídeo publicado na rede social X, ela afirmou que o presidente venezuelano “é um dos maiores narcotraficantes do mundo e uma ameaça à nossa segurança nacional”.

O procurador-geral dos Estados Unidos acusa o presidente venezuelano de empregar “organizações terroristas estrangeiras, como o Tren de Aragua, o cartel de Sinaloa e o Cartel dos Soles, para inserir drogas letais e violência” nos Estados Unidos. Até o momento, a Agência Antidrogas dos EUA (DEA) apreendeu “30 toneladas de cocaína vinculadas a Maduro e seus colaboradores”, sendo quase sete toneladas atribuídas diretamente ao líder chavista, conforme detalhado.

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A Pâmela declara que a cocaína frequentemente é encontrada combinada com fentanil, um opioide sintético que provoca sérios prejuízos no país.

Ativos apreendidos.

O tráfego para os Estados Unidos é, segundo Washington, a “principal fonte de renda” para os cartéis sediados na Venezuela e no México. O Departamento de Justiça já apreendeu mais de 700 milhões de dólares em ativos ligados a Maduro, incluindo dois jatos privados, nove veículos e outros bens, sem conseguir reverter o fenômeno.

Dada a situação, a recompensa foi aumentada para 50 milhões de dólares. Sob a liderança de Maduro, não haverá impunidade e ele responderá pelos seus crimes atrozes”, justificou a procuradora-geral, que divulgou um número de telefone e solicitou informações “para levar este criminoso à Justiça”.

Regime de terror

Pam Bondi destacou que “o regime de terror de Maduro persiste”, adentrando que a nova eleição do líder chavista é vista como fraudulenta por Washington.

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, destacou que Maduro “silenciou a democracia e se firmou no poder”. Segundo Rubio, “ele declarou ter vencido as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, sem apresentar evidências”. Os Estados Unidos “não o consideram presidente da Venezuela”.

Os Estados Unidos e a Venezuela não possuem relações diplomáticas desde o início do governo de Donald Trump (2017-2021). Em 2020, Washington acusou formalmente Nicolás Maduro de “terrorismo de narcotráfico” e conspiração para o tráfico de drogas, oferecendo uma recompensa de 15 milhões de dólares pela sua captura. O governo de Joe Biden elevou esse valor para 25 milhões de dólares.

Negociações para a libertação de americanos na Venezuela

A alegação de que o chavismo domina a organização criminosa Tren de Aragua, declarada por Washington como “organização terrorista global”, não impediu que a Casa Branca enviasse embaixadores para negociar com altos funcionários venezuelanos a libertação de cidadãos americanos presos na Venezuela.

Em dezembro passado, Rubio anunciou a libertação de dez americanos detidos no país andino, após um acordo alcançado com a colaboração de El Salvador.

Em 2019, após reconhecer o opositor Juan Guaidó como “presidente interino”, Trump implementou um conjunto de sanções à Venezuela, incluindo um embargo petrolífero, em uma estratégia malsucedida para tentar derrubar Maduro. A própria oposição venezuelana desmantelou o governo interino simbólico de Guaidó em janeiro de 2023.

(Com AFP)

Fonte por: Carta Capital

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