Os Estados Unidos acusam o governo brasileiro de interferir na liberdade de expressão e na internet. No relatório anual de direitos humanos, do Departamento de Estado, a Casa Branca afirma que o Planalto reduziu o debate democrático, suprimindo, de forma inadequada, a manifestação de ideias de seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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O relatório acusa o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), cuja atuação – e também a do STF – tem sido aberta e fortemente criticada no Brasil em diversos setores, de maneira direta e contundente, no ambiente da imprensa e das redes digitais.
O sentido político desse relatório não reside na denúncia em si — já bastante divulgada no Brasil, inclusive por uma oposição vigorosa e ativa — mas sim em quem a promove. Trata-se de um governo americano liderado atualmente por um presidente que se recusou a aceitar o resultado de uma eleição transparente, e que, aparentemente, se assemelha a Jair Bolsonaro (PL) — que está sendo processado por razões semelhantes.
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É evidente que os Estados Unidos justificam mais ações contra o Brasil por meio deste relatório, não apenas contra integrantes individuais do Supremo Tribunal Federal, como ocorreu no caso da Lei Magnitsky em relação a Alexandre de Moraes.
A motivação de Washington é política e ideológica, sem que se saiba exatamente até onde quer chegar. Trump quer sobretudo ajudar Jair Bolsonaro em seus problemas com a Justiça? Ou mudar o regime brasileiro inteiro?
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Ainda não estão conseguindo nenhum dos dois.
Fonte por: CNN Brasil