Alta no Preço do Etanol Hidratado em São Paulo
O preço médio do etanol hidratado nas usinas de São Paulo registrou um aumento de 1,13% na última semana, alcançando R$2,855 por litro. Este é o maior valor nominal do ano, conforme análise do centro de estudos Cepea divulgada nesta segunda-feira (24).
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Muitas empresas já encerraram a safra 2025/26 ou estão próximas de finalizar suas operações.
Com essa alta, o preço do etanol vendido pelas usinas (sem tributos) superou a marca anterior de R$2,854, que havia sido registrada em fevereiro. Em termos nominais, o preço atual é o mais elevado desde abril de 2023, quando o litro foi comercializado a R$2,96.
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O etanol anidro, que é misturado à gasolina em uma proporção de 30% no Brasil, também teve um aumento de 1,05%, atingindo uma média de R$3,24 por litro nas usinas.
Fatores que Influenciam os Preços
Segundo o Cepea, os preços do etanol anidro e hidratado permanecem estáveis em São Paulo há mais de um mês. Essa estabilidade é impulsionada pela postura firme dos vendedores, em meio à baixa oferta do produto e à proximidade do fim da safra 2025/26.
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O preço do etanol anidro está próximo da máxima do ano, que foi de R$3,28 em fevereiro.
Além disso, o volume de etanol hidratado negociado pelas usinas de São Paulo, que é o maior produtor e consumidor do Brasil, caiu pela metade na semana de 17 a 21 de novembro em comparação ao período anterior. O Cepea observou que os compradores estão demonstrando menor interesse, especialmente devido às aquisições realizadas nas semanas anteriores.
Perspectivas Futuras
A análise do Cepea aponta que as perspectivas para os próximos meses, especialmente dezembro de 2025 e janeiro de 2026, são positivas, com preços firmes, mesmo com o término da safra 2025/26 para um número maior de unidades produtoras. Com o aumento dos preços do etanol e a queda nos valores do açúcar, a competitividade do açúcar em relação ao biocombustível diminuiu.
De acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), as usinas do centro-sul reduziram a quantidade de cana destinada à produção de açúcar, após a commodity ter atingido o menor valor em mais de cinco anos na bolsa de Nova York.
Assim, o “mix” de produção se tornou mais voltado para o álcool.
