Estudos sugerem que estrelas “imortais” podem existir indefinidamente ao se alimentar de matéria escura

Astrônomos identificaram o mecanismo que permite que estrelas localizadas no centro da nossa galáxia tenham longevidade, mesmo sem recursos energéticos.

23/07/2025 16:37

2 min de leitura

Estudos sugerem que estrelas “imortais” podem existir indefinidamente ao se alimentar de matéria escura
(Imagem de reprodução da internet).

Estrelas localizadas próximas à Via Láctea podem ter uma existência quase ilimitada, devido ao consumo de matéria escura para a obtenção de energia. A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. O estudo foi publicado em 18 do mês atual na revista científica Physical Review D.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Astrônomos observaram, há algumas décadas, que certas estrelas próximas ao centro da nossa galáxia exibem uma luz mais jovem do que o previsto considerando suas massas. Esse fenômeno ficou conhecido como “paradoxo da juventude”. Adicionalmente, estrelas mais antigas são raras nessa região, o que também foi denominado “enigma da velhice” pelos pesquisadores.

Com isso, os cientistas que participaram do novo estudo realizaram uma simulação em computador para compreender o que ocorre quando uma partícula de matéria escura – abundante no centro da Via Láctea – impacta uma estrela. Eles identificaram que cada partícula perde energia e fica aprisionada dentro da estrela ao colidir com núcleos dos átomos estelares.

Leia também:

Adicionalmente, se outras partículas de matéria escura já estiverem localizadas no mesmo espaço, elas se aniquilam, gerando uma explosão de energia que aumenta o brilho da estrela.

A autora do estudo, Isabelle John, em entrevista ao NewScientist, detalhou que o envelhecimento das estrelas se deve à perda de combustível para a fusão nuclear. Contudo, a matéria escura pode representar uma fonte adicional de energia que estende a vida das estrelas. Assim, a densidade de matéria escura na Via Láctea poderia tornar esse processo efetivamente “imortal”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apesar das descobertas, o estudo se baseou unicamente em pressupostos comuns sobre matéria escura. Dessa forma, dados do mundo real são necessários para aprofundar os resultados. A coleta de mais informações de telescópios e a consideração de novas descobertas sobre a matéria escura podem auxiliar na identificação das estrelas no centro da Via Láctea que realmente possuem vida eterna.

A galáxia semelhante a um chapéu é registrada pelo James Webb.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.