Estudo revela bactéria com menor letalidade, buscando maior transmissibilidade.
Um novo estudo oferece uma explicação surpreendente para a persistência da bactéria Yersinia pestis ao longo dos séculos. A pesquisa revela uma pequena alteração genética que transformou o microorganismo, tornando-o menos letal e mais propenso à transmissão.
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A ciência já identificava algumas cepas de Y. pestis com menor agressividade, mas a publicação na revista Nature trouxe uma explicação detalhada para essa variação. A equipe de pesquisa focou em como a bactéria se adaptou ao longo do tempo.
Para entender o processo, os pesquisadores infectaram camundongos com diferentes níveis de Pla, um gene associado à agressividade da bactéria. Os animais que receberam a cepa com Pla reduzido apresentaram uma sobrevida significativamente maior, vivendo em média dois dias a mais do que os que receberam a cepa normal.
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Os resultados demonstraram uma redução de 15% na taxa de mortalidade, passando de 100% para 85% com a cepa de Y. pestis com Pla reduzido. Apesar das diferenças na via de infecção (intravenosa ou nasal), ambas as cepas apresentaram resultados igualmente fatais, indicando que a menor letalidade da bactéria é um fator chave para sua sobrevivência.
O estudo destaca que a menor agressividade da Yersinia pestis é vantajosa para a bactéria, permitindo que ela permaneça dentro do hospedeiro por mais tempo e seja transmitida com maior frequência. A peste negra, responsável por milhões de mortes no século XIV e outras epidemias, continua a circular em áreas como Estados Unidos, África e Ásia, sendo transmitida por pulgas e roedores.
Autor(a):
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.