A devoção ao Sudário de Turim, situado na cidade de Turim, na Itália, persistiu por séculos, com a alegação de que ele fora depositado sobre o corpo de Jesus. Contudo, uma pesquisa recente desafia essa crença difundida.
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Cícero Moraes, designer e pesquisador 3D brasileiro e especialista em reconstrução de rostos históricos, declara que o sudário é uma representação artística, não sendo mais que uma obra de arte cristã.
O linho que cerca a crença popular possui dimensões de 4,4 metros por 1,1 metros e é uma das relíquias religiosas mais reconhecidas globalmente.
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Contudo, conforme a análise de Cícero Moraes, o objeto, com representação facial masculina, não serviu para cobrir a crucificação de Jesus, ocorrida há cerca de 2.000 anos.
A CNN, um especialista detalhou a tecnologia empregada para comprovar cientificamente o oposto do que se acreditava anteriormente. Ele desenvolveu dois modelos digitais: um corpo humano em 3D e uma representação em relevo da forma humana.
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Modelos digitais tridimensionais foram empregados para recriar virtualmente os dois corpos, seguido por uma comparação do modelo com fotografias do Santuário feitas em 1931, uma espécie de análise forense de encaixe.
Através desse experimento digital de vestimenta, Moraes constatou que a reconstrução em baixo-relevo coincidia perfeitamente com as imagens, ao passo que a versão em 3D não se ajustava adequadamente ao formato.
Ele explicou que as pessoas acreditam que a fonte, a base do Santuário de Turim, é um corpo humano. Contudo, ao aplicar um tecido sobre um corpo humano, seja digitalmente ou fisicamente, as marcas deixadas por esse corpo, caso contenham sangue ou outro fluido, não corresponderão ao corpo em vida.
Cícero Moraes explicou sua afirmação: “Quando se posiciona um elemento bidimensional, como um tecido, sobre um corpo e depois o retira, o padrão de manchas formado não corresponde exatamente ao formato original do corpo. Ele sofre distorções e tende a parecer mais robusto que o corpo real”.
A teoria de Moraes sustenta que o sudário não seria o tecido original que cobriu Jesus, mas sim que a imagem foi criada a partir de um molde em relevo. “Ademais, se utilizar um baixo-relevo – como uma escultura em madeira, metal ou outro material – aplicar um fluido pigmentado sobre ele e pressionar um tecido por cima, a imagem resultante será muito semelhante à original.”
Portanto, o que demonstrei é que a matriz responsável pela imagem no Gremio de Turim é, muito provavelmente, um baixo-relevo, e não um corpo humano, já que a imagem de um corpo real ficaria visivelmente deformada”, concluiu Cícero.
Estátuas incomuns em tamanho real são encontradas em tumba de Pompeia.
Fonte por: CNN Brasil