Estudo aponta que a televisão aumenta o foco, porém as redes sociais prejudicam a concentração

Após três minutos de exposição às telas, observaram-se alterações no foco e no humor.

11/09/2025 17:58

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Estudo aponta que a televisão aumenta o foco, porém as redes sociais prejudicam a concentração
(Imagem de reprodução da internet).

Novas pesquisas da Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austrália, indicam que o uso de diferentes tipos de telas impacta de maneira distinta o cérebro e o comportamento de jovens adultos. O estudo demonstrou que a exposição à televisão e videogames está relacionada ao aumento do foco, ao passo que o uso de redes sociais está associado à diminuição da atenção e a alterações negativas no humor.

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A neurocientista Alexandra Gaillard, que liderou o estudo, constatou que uma exposição de três minutos a telas já foi suficiente para gerar mudanças em humor, energia, tensão, foco e felicidade nos participantes, cuja faixa etária compreendia entre 18 e 25 anos.

“Essas descobertas indicam que formas de entretenimento interativas realmente aumentam o envolvimento do cérebro”, afirma Gaillard. Nos experimentos, os jogos mostraram aprimorar o foco e promover um maior esforço cognitivo. Em contrapartida, as redes sociais geraram o efeito oposto: os participantes relataram menor concentração, o que foi corroborado pela diminuição da atividade cerebral observada.

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Conforme Gaillard, a pesquisa, que considerou apenas adultos jovens, pode indicar que os impactos em cérebros em fase de desenvolvimento são potencialmente ainda mais relevantes.

A pesquisadora ressalta que, caso este seja o efeito em um cérebro totalmente desenvolvido, é necessário considerar urgentemente os impactos em adolescentes e crianças que utilizam cada vez mais essas tecnologias.

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A equipe da Swinburne enfatiza que o tempo de tela não deve ser encarado apenas de maneira negativa. Além de oferecer entretenimento e descanso, a tecnologia pode promover interações sociais e otimizar resultados pedagógicos.

É fundamental compreender como cada atividade influencia o cérebro. As telas não são, por si só, o problema, mas é necessário estabelecer escolhas equilibradas e adequadas para cada indivíduo, afirma Gaillard.

A utilização das redes sociais por jovens é um problema coletivo, segundo Jonathan Haidt.

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Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.