Estudo: Álcool em qualquer dose eleva risco de demência em humanos
Estudo revela como genes ligados ao álcool influenciam o impacto do consumo no cérebro.
Risco de Demência Aumenta com o Consumo de Álcool, Revela Estudo
Um novo estudo questiona descobertas anteriores e aponta que qualquer quantidade de álcool pode aumentar o risco de desenvolver demência mais tarde na vida. A pesquisa, que analisou dados de quase 560 mil pessoas, combinou informações genéticas e observacionais para fornecer uma compreensão mais precisa da relação entre o consumo de álcool e o declínio cognitivo.
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Análise Genética Revela Impacto do Consumo de Álcool
A principal autora do estudo, Anya Topiwala, pesquisadora clínica sênior no departamento de psiquiatria da Universidade de Oxford, explica que a análise genética, chamada de randomização mendeliana, reduziu o risco de confundir os resultados. Essa técnica permite estimar o impacto cumulativo do consumo de álcool ao longo da vida de uma pessoa, enquanto estudos observacionais tendem a capturar um “instantâneo” dos hábitos de consumo na meia-idade ou em fases mais tardias, dependendo da memória do participante.
Estudo Observacional e Dados Genéticos Revelam Associações
O estudo observacional, que analisou o autorrelato de consumo de álcool, mostrou que pessoas que consumiam pequenas quantidades (menos de 7 doses por semana) tinham um risco menor do que grandes bebedores (mais de 40 doses por semana). Adicionalmente, pessoas que não bebiam e as que relataram nunca beberam tiveram um risco de demência semelhante ao das que bebiam muito. A análise genética de 45 estudos de demência em 2,4 milhões de pessoas confirmou essa associação, mostrando um risco 15% maior de demência para quem bebe 3 doses por semana em comparação com 1 dose por semana ao longo da vida.
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Conclusões e Implicações
Embora o estudo não possa provar de forma conclusiva que o consumo de álcool causa diretamente a demência, os resultados se somam a uma grande quantidade de dados que mostram associações entre a ingestão de álcool e o aumento do risco de demência. A pesquisa destaca a importância de considerar o consumo de álcool como um fator de risco potencial para a demência, independentemente da quantidade consumida.
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Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.












