Alunos e membros de centrais sindicais se manifestaram, na sexta-feira (1º), em frente ao Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, contra as ações do presidente Donald Trump no Brasil.
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Inicialmente, a data fora selecionada por ser o dia que marcaria o início da aplicação das tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados dos Estados Unidos, porém a medida comercial foi divulgada com antecedência, na última quarta-feira (30).
Os manifestantes, em um protesto pacífico, defenderam a soberania nacional, apoiaram o ministro do STF Alexandre de Moraes, alvo de sanções do governo norte-americano, solicitaram a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alegando traição ao Brasil, e criticaram a proposta de anistia apresentada por parlamentares da base de apoio a Bolsonaro.
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A presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Bianca Borges, da CNN, argumentou que a tarifação é uma “medida de chantagem econômica contra o nosso país” e afirmou que o objetivo do ato é “defender a soberania do país”.
A manifestação de hoje é um ato que nós convocamos não só aqui em São Paulo, mas 14 capitais do Brasil realizarão ações semelhantes a esta nos consulados, nas Embaixadas, nas praças públicas. Nosso objetivo é denunciar o tarifário e defender a soberania do nosso país. (…) É claro que o tarifário é uma medida de chantagem econômica contra o nosso país, é uma medida para pressionar o governo brasileiro, pressionar o Supremo Tribunal Federal a recuar na regulamentação das big techs, a anistiar Bolsonaro e os golpistas do 8 de janeiro.
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O Brasil é do povo brasileiro e nós não admitimos que seja outra coisa.
Além de São Paulo, a UNE promoveu manifestações em Santos, Salvador, Fortaleza, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Manaus, Recife, São Luís e Curitiba.
Observe imagens do ocorrido em São Paulo.
As ações de Trump
As tarifas tarifárias contra o Brasil, divulgadas na última quarta-feira, contaram com aproximadamente 700 exceções, salvaguardando cerca de 45% do que o Brasil exporta para os Estados Unidos. A medida entrará em vigor a partir de 6 de agosto.
O documento apresenta Trump argumentando que a ordem é justificada por uma “emergência nacional” devido às políticas e ações “incomuns” e “extraordinárias” do governo brasileiro, que, na visão do republicano, afetam empresas americanas, os direitos à liberdade de expressão dos cidadãos dos EUA e a política externa e a economia do país.
Através de cartas, comunicados públicos, manifestações nas redes sociais, Trump e seu Secretário de Estado, Marco Rubio, consideram como uma das justificativas para a ação o processo judicial que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta na Suprema Corte, sendo acusado de integrar um plano de golpe de Estado contra o resultado da eleição presidencial de 2022.
Na última quarta-feira, o governo americano anunciou a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, com base, novamente, no que alega ser uma “caça às bruxas” conduzida pelo magistrado.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em justificativa da aplicação da lei, declarou que Moraes “assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”.
A Lei Magnitsky possibilita que os Estados Unidos apliquem sanções econômicas a indivíduos acusados de corrupção ou de violações graves de direitos humanos.
Fonte por: CNN Brasil