Os Estados Unidos acusam o México de favorecer companhias aéreas locais obrigando o pouso de aeronaves americanas em outros aeroportos.
O governo de Donald Trump (Partido Republicano) implementou, no sábado (19.jul.2025), novas restrições a voos provenientes do México e ameaçou interromper uma longa colaboração entre a Delta Air Lines e Aeromexico. Atualmente, todas as empresas aéreas mexicanas de passageiros, carga e transporte de cargas precisam submeter seus planos de voo para análise e aprovação do governo.
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O secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, citado pela Associated Press, afirmou que aplicou as restrições devido à violação de um acordo comercial bilateral por parte do México, que obrigou companhias aéreas americanas a transferirem suas operações do Aeroporto Internacional Benito Juárez, na Cidade do México, para o Aeroporto Internacional Felipe Ángeles, localizado a 50 quilômetros de distância. A mudança, segundo o secretário, proporcionaria vantagem comercial às empresas locais em detrimento das companhias norte-americanas.
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A necessidade de autorização prévia para os programas de voos permanecerá vigente até que Duffy avalie adequadamente o tratamento concedido pelas companhias aéreas mexicanas às companhias aéreas americanas.
De acordo com a AP, o México é o principal destino estrangeiro para norte-americanos, com mais de 40 milhões de passageiros em 2024.
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Segundo as companhias aéreas, o encerramento do acordo entre a Delta e a Aeromexico, vigente desde 2016, ameaçaria aproximadamente 20 rotas. As empresas projetam que a colaboração gera benefícios de US$ 800 milhões para as economias de ambos os países, decorrentes de empregos diretos e indiretos, além do turismo.
As empresas estimam que a ausência de voos diretos resultaria na desistência de viagens de mais de 140 mil turistas dos Estados Unidos e de quase 90 mil turistas do México.
Entretanto, a implementação da resolução que finaliza a aprovação do acordo entre as companhias aéreas só ocorreria em outubro. É provável que as companhias continuem a questionar essa decisão.
“[O ex-presidente] Joe Biden e [o ex-secretário de Transportes] Pete Buttigieg deliberadamente permitiram que o México quebrasse nosso acordo bilateral de aviação”, disse Duffy em seu perfil no X. “Isso acaba hoje. Que essas ações sirvam como um aviso a qualquer país que pense que pode tirar vantagem dos EUA, de nossas companhias aéreas e de nosso mercado”.
A Delta declarou, em nota, que a proposta preliminar do DOT de interromper a aprovação da parceria estratégica e pró-competitiva entre Delta e Aeromexico geraria prejuízos consideráveis aos consumidores que viajam entre os EUA e o México, assim como aos empregos nos EUA, comunidades e à concorrência interestadual.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.