Iniciativa liderada pelo Conselho de Segurança Nacional compreendia a participação de membros do Departamento de Estado, do Tesouro e do Pentágono.
Os Estados Unidos cancelaram um grupo de trabalho responsável por desenvolver estratégias para incentivar a Rússia a acelerar as negociações de paz com a Ucrânia. A informação, divulgada nesta terça-feira (17.jun.2025), foi confirmada à Reuters por três funcionários do governo norte-americano.
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O grupo, fundado no início de março, enfraqueceu em maio, pois os integrantes constataram que o presidente não apresentava interesse em assumir uma posição mais contundente em relação a Moscou.
A iniciativa, conforme noticiado pela Reuters, era coordenada por funcionários de alto escalão do Conselho de Segurança Nacional e compreendia representantes do Departamento de Estado, do Tesouro, do Pentágono e da comunidade de inteligência.
O término final ocorreu há cerca de três semanas, quando a maioria dos membros do Conselho de Segurança Nacional, incluindo a equipe que atuava diretamente com a guerra na Ucrânia, foi desligada durante uma extensa reestruturação. Entre os funcionários removidos estava Andrew Peek, principal responsável pela área de assuntos relacionados à Europa e Rússia, afastado em maio.
A dissolução do grupo impacta diretamente as relações entre Estados Unidos, Rússia e Ucrânia. A decisão também gera preocupações entre aliados europeus sobre a posição de Trump em relação a Moscou. O presidente tem adotado um tom por vezes conciliatório com a Rússia e demonstrado relutância em expressar apoio incondicional à Ucrânia.
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As discussões e decisões foram conduzidas principalmente em Washington, onde as agências governamentais norte-americanas procuravam coordenar uma resposta unificada à situação na Europa Oriental.
Os Estados Unidos debatiam formas de estimular ou pressionar países da ex-União Soviética e outros nações do Leste Europeu e da Ásia para restringir o comércio de bens e energia com a Rússia.
Um dos funcionários apontou a viabilidade de implementar incentivos para estimular o Cazaquistão a combater com maior eficácia a evasão de sanções. O país, assim como outros que fizeram parte da União Soviética, tem sido empregado por comerciantes para driblar restrições de importação impostas pelo Ocidente desde 2022.
Não ficou evidente quem determinou o fim do grupo. Os colaboradores apontaram que os cortes inviabilizaram a continuidade das atividades. A Casa Branca, o Departamento do Tesouro, o Departamento de Estado e o Pentágono ainda não se manifestaram sobre o tema.
A ausência do presidente enfraqueceu a situação no final. Um dos funcionários da Reuters afirmou que talvez ele quisesse fazer menos, em vez de tomar mais atitudes.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.