Estados Unidos autorizam pais a retirarem seus filhos de aulas que abordem temas relacionados à comunidade LGBTQIA+

O Supremo Tribunal decidiu atender à solicitação dos pais do Estado de Maryland, que buscavam uma alternativa aos livros sobre diversidade.

27/06/2025 18:05

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Estados Unidos autorizam pais a retirarem seus filhos de aulas que abordem temas relacionados à comunidade LGBTQIA+
(Imagem de reprodução da internet).

A Suprema Corte dos Estados Unidos julgou nesta sexta-feira (27.jun.2025) por 6 votos a 3 que pais podem remover os filhos de aulas com livros que contenham conteúdo LGBTQIA +. A Corte deferiu um pedido de três pais do condado de Montgomery, em Maryland, que afirmaram prejuízo aos direitos religiosos dos estudantes. Segue a íntegra da decisão (PDF – 8 MB, em inglês).

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Algumas escolas nos EUA utilizam livros com personagens gays, transgêneros e de outras orientações sexuais em aulas de literatura do ensino básico e fundamental. Pais com diversas orientações religiosas – católico, ortodoxo e muçulmano – entraram com ações judiciais buscando alternativas educacionais que pudessem “proteger” os filhos desses conteúdos.

Os pais sustentavam que as escolas estavam promovendo “ideologias políticas” que são “incompatíveis” com o “senso comum” ao exigir que os alunos leiam livros com temáticas LGBTQIA+.

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A obra promove uma ideologia transgênero, incentiva a transição de gênero e se concentra na paixão romântica — sem notificação aos pais ou oportunidade para a não participação.

A Suprema Corte considerou que a falta de opções de livros com temáticas LGBTQIA+ constitui um ônus significativo ao livre exercício da religião. Essa interpretação possibilita que outros condados e Estados dos Estados Unidos possam fundamentar ações semelhantes com base no argumento da Suprema Corte.

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Até que toda a revisão de apelações neste caso seja concluída, o conselho [da escola] deve ser ordenado a notificar [os pais] com antecedência sempre que um dos livros em questão ou qualquer outro livro semelhante for usado de qualquer forma e a permitir que seus filhos sejam dispensados dessa instrução.

O juiz também mencionou um livro que apresentava o casamento entre pessoas do mesmo sexo, declarando que o conteúdo propõe uma mensagem com a qual muitos indivíduos que aderem a religiões tradicionais não estão de acordo.

A juíza Sonya Sotomayor dissentiu do processo e afirmou que a leitura de livros com temática LGBTQIA+ é “fundamental” para a educação e o convencimento das crianças em sociedade.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.