Estados Unidos anunciaram que retomarão o diánuclear com o Irã na próxima semana
Os israelenses afirmam que a guerra de duração aproximada de duas semanas visava impedir os iranianos de desenvolverem armas nucleares.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que autoridades americanas e do Irã se encontrarão na semana seguinte para abordar o programa nuclear iraniano. Ele também sustentou que um novo acordo com Teerã não será mais necessário, em razão da magnitude dos prejuízos causados pelos ataques dos Estados Unidos e de Israel a instalações nucleares iranianas.
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O conflito de quase duas semanas entre Israel e Irã visava evitar o desenvolvimento de armas atômicas pelo Irã, segundo informações israelenses. Contudo, uma análise de inteligência americana, divulgada recentemente, indica que tal objetivo não foi atingido.
Ao anunciar a reunião durante a cúpula da Otan, em Haia (Holanda), sem dar detalhes, Trump argumentou que os ataques americanos foram um golpe devastador para as ambições de Teerã e os comparou às bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, no final da 2ª Guerra. “Não quero usar o exemplo de Hiroshima, não quero usar o exemplo de Nagasaki, mas foi essencialmente a mesma coisa. Aquilo acabou com aquela guerra. Isto acabou com esta guerra”, disse o americano.
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Alguns assessores de Trump buscaram reforçar o argumento do presidente. O diretor da CIA, John Ratcliffe, declarou que um conjunto de informações confiáveis apontava para um grave prejuízo ao programa iraniano. “Diversas instalações teriam de ser reconstruídas ao longo dos anos”, afirmou.
A diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, em declaração similar, afirmou que novos dados confirmavam a destruição de Natanz, Fordow e Isfahan – instalações atacadas pelos Estados Unidos.
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O secretário de Estado, Marco Rubio, acompanhando Trump em Haia, foi o único a mencionar uma referência específica sobre como os ataques haviam atrasado o progresso iraniano por anos, e não meses. Ele afirmou existir evidências de que uma “instalação de conversão” – essencial para transformar combustível nuclear de um gás na forma necessária para produzir uma arma nuclear – havia sido destruída.
O governo de Israel buscou defender a tese com uma declaração de sua comissão de energia atômica, afirmando que o ataque ao complexo de Fordow “a tornou inoperante”.
O Irã confirmou ontem que as três instalações sofreram danos graves. “Com certeza”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, em entrevista à TV Al-Jazeera, sem fornecer detalhes.
Baghaei propôs que o Irã não bloquearia permanentemente os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), indicando que um projeto de lei em tramitação no Parlamento iraniano prevê apenas a suspensão, e não o fim definitivo, das interações de Teerã com a agência. O porta-voz enfatizou, contudo, que o Irã tem o direito de desenvolver um programa de energia nuclear. “O Irã está determinado a preservar esse direito sob quaisquer circunstâncias”, declarou.
Em recentes meses, diplomatas americanos e iranianos se reuniram diversas vezes para tentar negociar o futuro do programa nuclear, porém Teerã suspendeu uma sessão de negociações após Israel realizar ataques contra o país em 13 de [mês].
Com informações do Estadão Contigo
Publicado por Nótaly Tenório
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.