A ação já era prevista, segundo a diretora-geral da organização.
Os Estados Unidos anunciaram na terça-feira, 22, sua saída da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), devido à percepção de que a agência cultural e educacional da ONU, responsável por designar Patrimônios da Humanidade, é tendenciosa contra Israel e promove questões “divisivas”.
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A permanência nos Estados Unidos na UNESCO não é do interesse nacional, afirmou uma porta-voz do Departamento de Estado.
Em 2017, durante seu primeiro mandato, Donald Trump também ordenou a saída dos Estados Unidos da Unesco. Joe Biden (2021-2025) restabeleceu a adesão dos Estados Unidos posteriormente.
A diretora-geral Audrey Azoulay lamentou profundamente a decisão do presidente Donald Trump de remover os Estados Unidos da Unesco. “Embora seja lamentável, este anúncio já era esperado e a Unesco se preparou para isso”, acrescentou.
A representante do Departamento de Estado, Tammy Bruce, caracterizou a Unesco como uma organização que “promove causas sociais e culturais divisivas” e que se concentra excessivamente nos objetivos de sustentabilidade da ONU, os quais ela considerou uma “agenda ideológica globalista”.
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Bruce também questionou a decisão da Unesco de reconhecer o Estado da Palestina.
A porta-voz afirmou que a decisão da Unesco de admitir o “Estado da Palestina” como membro pleno é altamente problemática, contrária à política dos Estados Unidos e contribuiu para a proliferação de retórica anti-israelense dentro da organização.
A Unesco define sua missão como a promoção da educação, da cooperação científica e da compreensão cultural. A organização supervisiona uma lista de locais do patrimônio que busca preservar tesouros únicos, ambientais e arquitetônicos, que abrangem desde a Grande Barreira de Coral na Austrália e o Serengueti na Tanzânia até a Acrópole de Atenas e as Pirâmides do Egito.
Trump não foi o primeiro a remover os Estados Unidos da Unesco. Na década de 1980, o presidente Ronald Reagan encerrou a adesão do país, alegando que a agência era corrupta e pró-soviética.
Os Estados Unidos retomaram a organização durante o período da presidência de George W. Bush (2001-2009).
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.