Estados Unidos acusam Hamas de ataque a civis em Gaza
O grupo palestino negou as acusações de participação no caso.

Os Estados Unidos acusaram o Hamas de um ataque que causou ferimentos a dois trabalhadores humanitários americanos da GHF (Gaza Humanitarian Foundation) em um ponto de distribuição de alimentos na Faixa de Gaza no sábado (5).
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A GHF, com o apoio dos Estados Unidos e de Israel, declarou em comunicado que os militares americanos feridos estavam recebendo assistência médica e apresentavam estado estável, sem que seus ferimentos representassem ameaça à vida.
O ataque, conforme informações preliminares, foi realizado por dois agressores que lançaram duas granadas contra os americanos, ocorrendo após uma distribuição bem-sucedida na qual milhares de habitantes de Gaza receberam alimentos com segurança, informou a fundação.
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Tammy Bruce, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, classificou o ataque como obra de “terroristas do Hamas”.
Ela escreveu em uma publicação na rede X: “Esse ato de violência contra pessoas que estão, de fato, trazendo ajuda aos habitantes de Gaza revela a depravação do Hamas”.
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A GHF já distribuiu mais de 62 milhões de refeições – nada impedirá esses corajosos trabalhadores humanitários. Estamos orando pela rápida recuperação dos americanos feridos.
Na segunda-feira (6), o Hamas se manifestou e negou o envolvimento no ataque à GHF.
Recentemente, o Exército de Israel acusou o que descreveu como “organizações terroristas” de sabotar a distribuição de ajuda humanitária em Gaza.
A GHF, que iniciou suas operações em Gaza em maio, emprega contratados militares privados americanos para garantir a segurança em seus locais de distribuição.
A região de Gaza tem enfrentado um aumento da violência, mesmo com os esforços em curso para estabelecer um acordo de fim das hostilidades.
O Hamas declarou, na sexta-feira (4), ter dado uma resposta positiva a uma proposta mediada pelos Estados Unidos e manifestou-se aberto a iniciar negociações.
O presidente dos EUA, Donald Trump, tem agendada uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para segunda-feira (7).
Óbitos próximos aos locais de distribuição.
As autoridades de Gaza informaram que, em um período de 24 horas, o número de mortos no território atingiu pelo menos 70, incluindo 23 em áreas próximas a pontos de distribuição de assistência humanitária. O Ministério da Saúde de Gaza não detalhou os locais específicos ou as causas das mortes.
O Exército de Israel não emitiu declarações sobre os relatos.
As forças israelenses relataram, em comunicado publicado na sexta-feira (4), que suas tropas ceifaram a vida de 100 combatentes em Gaza na última semana e que exercem agora o controle operacional sobre 65% do território, após uma operação contra membros do Hamas no norte.
Na quinta-feira (3), o ministério do interior de Gaza, sob controle do Hamas, advertiu os habitantes do enclave costeiro contra a cooperação com a GHF, justificando que ocorrências fatais perto de pontos de distribuição ameaçavam a população sedenta de alimentos.
A GHF atua além dos canais habituais da ajuda humanitária, incluindo a ONU, que alega que a organização, sediada nos EUA, não é imparcial nem neutra.
Desde que Israel suspendeu um bloqueio de 11 semanas à entrada de ajuda em Gaza, em 19 de maio, a ONU relata que mais de 400 palestinos foram mortos ao tentar obter alimentos. Um alto funcionário da ONU afirmou na semana passada que a maioria das vítimas estava buscando pontos de distribuição gerenciados pela GHF.
O ciclo mais recente de violência no conflito israelo-palestino, que já dura décadas, teve seu desencadeamento em outubro de 2023, com o lançamento de um ataque do Hamas no sul de Israel, resultando na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e o sequestro de 251 reféns, conforme dados israelenses.
O Ministério da Saúde de Gaza relata que a ofensiva militar israelense já causou a morte de mais de 57 mil palestinos. A campanha também provocou uma crise de fome, deslocou a totalidade da população de Gaza internamente e gerou acusações de genocídio e crimes de guerra. Israel rejeita tais alegações.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.