Legalização de Cassinos e Bingos no Brasil
A autorização para o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil pode atrair turistas estrangeiros e aumentar a arrecadação, segundo representantes do setor hoteleiro e do mercado de apostas. O tema foi debatido na terça-feira (21.out.2025) durante o “BiS (Brazilian iGaming Summit) Brasília”.
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No painel “O potencial da aposta no turismo brasileiro com a legalização dos cassinos”, os participantes argumentaram que a aprovação do projeto de lei 2.234 de 2022 poderia resultar em investimentos estrangeiros e na geração de empregos para os brasileiros.
Oportunidade para o Turismo
Henrique Severien, presidente da Abih-DF (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Distrito Federal), destacou que a medida representa uma “oportunidade para potencializar o turismo”. O projeto em tramitação no Senado prevê a legalização de 61 cassinos, sendo 27 turísticos e 34 em resorts.
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Severien mencionou que haveria um controle facilitado da entrada de recursos por meio de uma ficha nacional de registro de hóspedes. “Isso permitiria rastrear a circulação de divisas nos estabelecimentos”, afirmou.
Exemplos de Sucesso
O prefeito de Olímpia, Geninho Zuliani (União Brasil-SP), participou do painel por videoconferência e informou que a cidade se preparou para a legalização com a aprovação de um projeto de lei que permite a abertura de cassinos integrados a resorts. “Nos antecipamos à legislação federal”, disse.
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Zuliani ressaltou que Olímpia é a segunda cidade com mais leitos de hospedagem, totalizando 35.000, o que favorece a atração de turistas. “Recebemos 5 milhões de visitantes por ano”, acrescentou.
Regulamentação Necessária
Roberto Quattrini, diretor da Novomatic, mencionou que estudou o caso de Olímpia e destacou a importância de ouvir o prefeito. “Um município de 55.000 habitantes que recebe 70% dos turistas do Rio é fundamental para os legisladores”, afirmou.
Quattrini defendeu que a legalização de cassinos não é um incentivo a vícios, mas sim uma regulamentação de uma atividade que já ocorre de forma ilegal. “É hora de o Brasil liberar esse potencial para impulsionar ainda mais o turismo”, declarou.
Controle e Segurança Jurídica
Magnho José, presidente do IJL (Instituto Brasileiro Jogo Legal), mediou o painel e destacou que parte dos recursos será destinada à Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo) com a aprovação do projeto de lei federal. Ele também mencionou que a proposta facilita o controle da circulação de dinheiro.
O mercado regulado de apostas no Brasil começou em janeiro de 2025. Quattrini alertou sobre a importância de evitar mudanças abruptas por parte do governo. “Essa insegurança jurídica gera nervosismo entre os grandes investidores internacionais”, concluiu.