Especialista: Operações de resgate em vulcões, como as conduzidas pela brasileira na Indonésia, representam altos custos

Especialista ressalta dificuldades em operações de busca em áreas de alta montanha e indica a ausência de infraestrutura em países de baixa renda como u…

25/06/2025 15:17

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Especialista: Operações de resgate em vulcões, como as conduzidas pela brasileira na Indonésia, representam altos custos
(Imagem de reprodução da internet).

A morte da brasileira Juliana Marins, descoberta após quatro dias desaparecida no vulcão Rinjani, Indonésia, evidenciou a complexidade e os elevados custos de resgates em regiões remotas e de grande altitude.

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Karina Oliani, médica especialista em emergências em áreas remotas, detalhou em entrevista à CNN os desafios encontrados nessas operações. “Realizar resgate em alta montanha, em vulcão, em altitude extrema, exige equipes especializadas e treinadas”, declarou Oliani.

A especialista destacou que nações em desenvolvimento, como a Indonésia, frequentemente não dispõem de equipes devidamente preparadas e equipadas para conduzir operações de resgate complexas.

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O Monte Rinjani, com 3.700 metros de altitude, apresenta desafios específicos para operações de resgate. Oliani, que também é piloto de helicóptero, explicou: “Pouquíssimos helicópteros conseguem pré-sustentação para voar nessas altitudes extremas, teria que ser realmente um helicóptero especializado como um B-3”.

As condições meteorológicas, incluindo a umidade e a presença de nuvens, podem inviabilizar os voos, agravando as operações de busca e salvamento.

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A médica também ressaltou a instabilidade do terreno vulcânico: “Essa pedra do vulcão, que é um tipo de pedra que chamamos de pomes, é extremamente fria, quebradiça, instável”. Essa característica torna a movimentação extremamente difícil, tanto para as vítimas quanto para as equipes de resgate.

Diante desses desafios, Oliani ressaltou a importância de medidas preventivas para aqueles que planejam aventuras em áreas remotas. “Aí está a importância de você realmente ter um seguro resgate, porque normalmente essas situações são muito complicadas”, aconselhou.

A especialista também recomendou que as autoridades locais implementassem medidas de segurança mais robustas, levando em conta a frequência de incidentes na região. “Eles precisariam ter um tripé de resgate em altura”, propôs, referindo-se a equipamentos especializados para esse tipo de terreno.

O incidente envolvendo Juliana Marins demonstra a urgência de maior atenção aos perigos de expedições em regiões isoladas e a relevância de estruturas de resgate apropriadas, sobretudo em nações com recursos escassos.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.