Equipes de escavação israelenses removeram centenas de árvores de propriedade de palestinos na Cisjordânia

Escavadeiras israelenses removeram centenas de árvores na aldeia de Al Mughayyir, na Cisjordânia, com a presença do exército de Israel, informaram jornalistas da AFP no domingo, 24.

Abdelatif Mohamed Abu Aliya, agricultor da região próxima a Ramallah, informou à AFP que teve oliveiras de mais de 70 anos destruídas em um hectare de terra.

Ele afirmou que as removeram por meio de argumentos inválidos, sem indicar a quem se destinava a referência.

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Ele informou que já iniciou a replantação de suas árvores, ao mesmo tempo em que outros moradores trabalhavam com o mesmo objetivo na manhã desse domingo.

Um fotógrafo da AFP observou que a área de diversos campos localizados em torno da aldeia apresentava sinais de ter sido reviravoltada.

Diversas escavadeiras operavam nas elevações de Al Mughayyir, uma delas ostentando uma bandeira israelense, ao mesmo tempo em que veículos militares israelenses estavam posicionados sob a área.

“O intuito é controlar e obrigar as pessoas a emigrar”, declarou Ghasan Abu Aliya, responsável por uma associação agrícola local, e adicionou que “é o começo e isso se ampliará para toda a Cisjordânia”.

Diversos moradores relataram que a operação iniciou na quinta-feira, e uma organização não governamental palestina de defesa de prisioneiros registrou 14 prisões na área em três dias.

O exército israelense, consultado pela AFP, respondeu que está reunindo informações sobre os acontecimentos.

Desde o início da guerra em Gaza, pelo menos 971 palestinos, entre combatentes e civis, foram mortos por forças israelenses ou colonos na Cisjordânia, conforme apuração da AFP com base em dados da Autoridade Palestina.

Pelo menos 36 israelenses, incluindo civis e militares, faleceram em ataques palestinos ou em operações militares israelenses, de acordo com dados oficiais de Israel.

Cerca de três milhões de palestinos residem na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, coexistindo com aproximadamente 500 mil israelenses, estabelecidos em colônias ilegais, consideradas ilegais pelo direito internacional.

Fonte por: Carta Capital