O Ministério da Saúde do Equador informou, neste sábado (9), que 12 recém-nascidos faleceram no Hospital Universitário de Guayaquil, administrado pelo governo, em decorrência de causas multifatoriais.
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O Ministério não informou o intervalo temporal das ocorrências fatais. A CNN procura informações adicionais sobre o caso.
A segunda avaliação do hospital público acionou um alerta epidemiológico para obter informações e determinou que as fatalidades resultaram do quadro clínico grave dos recém-nascidos, em razão do “nascimento prematuro ou muito prematuro”.
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O Hospital Universitário de Guayaquil acrescentou que relatórios médicos indicam que duas das mortes podem ser atribuídas a uma infecção causada por Klebsiella pneumoniae, produtora de carbapanemase.
Essas bactérias produtoras de carbapenema representam um grupo emergente de bacilos Gram-negativos com alta resistência a medicamentos, associados a morbidade e mortalidade relevantes.
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O ministro da Saúde, Jimmy Martin, determinou a demissão do diretor do hospital, mobilizou uma equipe de especialistas para conduzir uma investigação e ofereceu suporte psicológico aos familiares dos recém-nascidos que não resistiram.
A vida dos nossos filhos é acima de tudo e de todos. Quero me solidarizar com as famílias daqueles que perderam seus recém-nascidos e me comprometer a garantir que, na medida em que seja evitável, isso não aconteça novamente.
O prefeito de Guayaquil, Aquiles Álvarez, questionou a atuação do Ministério da Saúde neste caso. Ele afirmou que o país “está devastado” devido, segundo ele, à insuficiência de insumos no sistema público de saúde.
“Como prefeito de Guayaquil, como pai, estou profundamente comovido com a morte de crianças em um hospital público. Peço aos médicos que nos informem a quantidade de cânulas que faltam para que possamos comprá-las imediatamente. Resolvemos o problema sem dificuldades. Com o coração. Isso é muito doloroso. Não pode acontecer novamente.”
O Hospital Universitário de Guayaquil declarou que assegura o cumprimento dos protocolos e desmentiu que as mortes dos recém-nascidos tenham sido resultado de contaminação na unidade de terapia intensiva neonatal.
Negamos os boatos que estão sendo divulgados nas redes sociais sobre a utilização de materiais médicos. Solicitamos aos cidadãos que procurem informações em fontes oficiais.
Adicionalmente, implementou protocolos de reassentos de recém-nascidos, desinfecção da unidade de terapia intensiva, processamento de amostras, fortalecimento das medidas de biossegurança e a identificação de possíveis novos casos.
A Comissão de Proteção Integral da Criança e do Adolescente da Assembleia Nacional solicitou esclarecimentos às autoridades de saúde, ao Procurador-Geral da República e ao Hospital Universitário de Guayaquil em relação às mortes de bebês na terça-feira (12).
Fonte por: CNN Brasil