Entidades reagem a cortes de R$ 1,1 bilhão na saúde e R$ 900 milhões na educação em ato no DF
Corte orçamentário do GDF na saúde e educação gera protesto de entidades em ato público nesta quarta-feira (5) em defesa dos serviços essenciais no DF.
Reação ao Corte Orçamentário no DF
A proposta do Governo do Distrito Federal (GDF) de reduzir em mais de R$ 1,1 bilhão o orçamento da saúde e cerca de R$ 900 milhões da educação em 2026 gerou forte reação entre entidades e profissionais. Em resposta, o Conselho Regional de Medicina (CRM-DF), o Conselho Regional de Psicologia (CRP-DF) e o Sindicato dos Enfermeiros (SindEnfermeiro-DF) convocaram um ato público nesta quarta-feira (5), às 9h30, em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), em defesa dos serviços públicos.
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O corte proposto pelo GDF ocorre em meio à necessidade de correção salarial, que exigiu uma redistribuição do orçamento, já que os recursos das áreas de saúde, educação e segurança vêm do Fundo Constitucional do DF (FCDF). Com isso, os valores inicialmente previstos para saúde e educação foram reduzidos, comprometendo o investimento nessas áreas em 2026.
Formalização da Mudança Orçamentária
A mudança orçamentária foi formalizada em uma minuta de projeto de lei enviada pelo GDF ao governo federal, que encaminhou a proposta ao Congresso Nacional. O texto prevê a revisão dos repasses do FCDF entre as três pastas. Enquanto o governo justifica a medida como necessária para manter o equilíbrio das contas, entidades da saúde e da educação alertam que a nova divisão pode agravar o subfinanciamento dos serviços públicos no DF.
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A notícia dos cortes foi recebida com indignação por representantes da saúde, que destacam o impacto direto sobre o atendimento à população. Segundo as entidades, o sistema público já enfrenta sobrecarga, falta de pessoal e estrutura, e qualquer redução orçamentária pode comprometer a continuidade de serviços essenciais.
Serviços Ameaçados
Para Jorge Henrique, presidente do SindEnfermeiro-DF, o anúncio representa um grave retrocesso e ameaça o direito dos cidadãos a uma assistência digna. Ele ressalta que a rede pública “já funciona no limite”, com déficit de profissionais e sobrecarga em todas as unidades.
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Retirar recursos nesse cenário “é comprometer o atendimento, a qualidade e a segurança da assistência”.
O dirigente critica o argumento de eficiência usado pelo governo para justificar o corte, afirmando que não há como melhorar os serviços sem fortalecer as equipes e as condições de trabalho. “Não é possível falar em eficiência cortando recursos de um setor essencial.
O que o GDF precisa é investir em pessoal, estrutura e condições de trabalho e não impor mais precarização”, afirma.
Manifestação e Demandas
A manifestação busca pressionar o governo a rever as prioridades orçamentárias e reafirmar o compromisso com o Sistema Único de Saúde (SUS) e a educação pública. O ato nesta quarta-feira (5) pede o cancelamento dos cortes e mais transparência na aplicação dos recursos. “Sem investimento, não há SUS que resista”, reforça o chamado da Frente.
A concentração ocorre às 9h em frente à Câmara Legislativa (CLDF).
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.












