Ensaio destaca a relevância do violonista Paulinho Nogueira para a música
O músico lançou cerca de 29 discos, criou uma técnica singular para o violão e se juntou ao grupo da bossa nova em São Paulo.
Paulo Artur Mendes Pupo Nogueira, conhecido como Paulinho Nogueira, transferiu-se aos 25 anos para Campinas (SP), sua cidade natal, para a capital paulista. A intenção da época, em 1952, era seguir a carreira de desenhista, porém, dois anos depois, iniciou sua atuação na vida noturna paulistana, acompanhado de seu violão, instrumento que utilizava desde a infância, evidenciando sua destreza.
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Em seu primeiro álbum, A Voz do Violão, lançado em 1958, o artista focou em sua atuação como intérprete. No segundo, iniciou a apresentação de suas próprias composições em gravações fonográficas. Posteriormente, estabeleceu parcerias com figuras de destaque como Paulo César Pinheiro, Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini.
Discos foram lançados em quase 30 álbuns ao longo da carreira, com um estilo próprio de tocar violão.
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O livro Marcos Martins e Vitor Nuzzi, Simplesmente (Editora Acorde & Editora Hedra; 160 páginas), é uma análise do cantor, compositor e violonista por trás de canções como Menina, Bachianinha n°1 e Simplesmente.
Na quarta-feira, 27, às 19h, ocorrerá o lançamento do livro na livraria Megafauna, localizada na Avenida Ipiranga, 200, loja 53, no centro de São Paulo.
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O livro apresenta um tom de homenagem a um músico pouco reconhecido, que lecionava violão para indivíduos que posteriormente se destacariam, como Toquinho.
Paulinho Nogueira é considerado um artista relacionado ao movimento da bossa nova, assim como Theo de Barros, Pedrinho Mattar e Walter Wanderley. Seu catálogo possui várias produções de autores ligados a essa estética.
O violinista, sereno e cuidadoso, não empregava a unha para tocar as cordas, o que resultava em um timbre muito mais suave. Com técnica refinada, desenvolveu um método particular de execução no violino.
Paulinho Nogueira criou a craviola, um violão com caixa de ressonância sem a curvatura superior, que permitia uma área maior de vibração do som. O modelo foi produzido pela Giannini e utilizado por artistas no Brasil e no exterior.
O livro sustenta a ideia de que o País possui uma quantidade consideravelmente maior de violonistas talentosos do que se acredita.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.












