A inatividade física é atualmente um dos principais problemas de saúde pública. Aponta-se que, no Brasil, mais de 40% da população não realiza a quantidade mínima de exercício recomendada pela Organização Mundial da Saúde.

A falta de atividade física está relacionada ao aumento de doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e até transtornos emocionais, como ansiedade e depressão. Contudo, é positivo que nunca é tarde para mudar, e a superação começa com passos simples e realistas.

Criar uma rotina de exercícios sem depender exclusivamente da academia.

A prática de exercícios físicos pode ser vista como ir à academia, porém, existem diversas maneiras de movimentar o corpo. Caminhar pelo bairro, optar por usar as escadas em vez do elevador, pedalar ou praticar esportes em grupo já contribuem para manter o organismo ativo.

É fundamental selecionar algo adequado à rotina e às condições de saúde de cada um. Assim, a prática de exercícios físicos deixa de ser uma obrigação e se torna uma parte natural do cotidiano.

A motivação interna é o combustível para a transformação.

Descobrir motivação é um desafio frequente. Nesse contexto, a motivação interna – aquela que surge do desejo de se cuidar e sentir prazer na atividade selecionada – tende a ser mais persistente do que confiar em influências externas.

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A prática de atividades de lazer, como dançar, passear em parques ou praticar esportes em equipe, eleva as probabilidades de manter a constância. Definir objetivos alcançáveis, como percorrer uma distância específica ou aprimorar o condicionamento físico em algumas semanas, também contribui para a manutenção do foco.

A influência da alteração de rotinas não necessita de longos períodos para ser notada. Pesquisas indicam que 30 minutos de caminhada, cinco vezes por semana, já diminuem o risco de doenças cardiovasculares e auxiliam no gerenciamento do peso. Adicionalmente, a prática de exercícios físicos melhora a qualidade do sono, diminui o estresse e aumenta a disposição para as atividades diárias.

Implementar mudanças modestas, como estacionar o veículo em locais distantes ou praticar alongamentos no trabalho, pode parecer pouco relevante, porém produz efeitos acumulados. Gradualmente, essas adaptações formam uma rotina mais ativa e saudável.

Conclusão: movimento como estilo de vida

A superação do sedentarismo não depende de fórmulas mágicas, mas da decisão de iniciar e de manter a persistência. O segredo reside em tornar o movimento parte da rotina de cada indivíduo.

Ao considerar a prática física não como uma obrigação, mas como uma fonte de prazer e bem-estar, é possível alcançar saúde, energia e qualidade de vida em qualquer fase da vida.

O texto foi escrito pelo médico do esporte Rafael Rivas Pasco (CRM nº 15495 / SC RQE nº 15.008), membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) e membro da Brazil Health.

Fonte por: CNN Brasil