Pesquisa indica que o brasileiro é quem mais acredita em inteligência artificial entre os empresários da América Latina. Os dados foram obtidos do estudo “Inteligência Artificial no mundo corporativo”, da SAP, que revela que 52% das empresas nacionais possuem percepção positiva sobre a ferramenta. Diariamente, a IA se consolida como um dos principais motores de transformação no ambiente corporativo. O recurso influencia não apenas os processos internos das empresas, mas também a forma como elas interagem com seus clientes e inovam no mercado.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A inteligência artificial possibilita a diminuição de gastos, o aumento da produtividade e até a criação de modelos de negócio mais interessantes. Representa um avanço em termos de eficiência com impactos diretos na competitividade das organizações, segundo Ricardo Portela, diretor de negócios da Genoa Performance, empresa que integra agentes de IA – Inteligência Natural – para otimizar processos internos.
Uma nova pesquisa da SAS, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, indica que, neste ano, a inteligência artificial se tornou prioridade para 67% das empresas brasileiras. Adicionalmente, um levantamento da Bain & Company demonstra que o aumento da produtividade e o crescimento financeiro em empresas que já utilizam IA generativa são comprovados.
LEIA TAMBÉM!
Apesar dos progressos, o contexto brasileiro apresenta obstáculos. Diversas empresas, notadamente as de médio e pequeno porte, apresentam pouca amadurecimento digital e problemas para localizar profissionais capacitados em IA. Acrescenta-se a isso uma cultura organizacional que frequentemente aguarda aprovação externa antes de implementar inovações tecnológicas, o que pode restringir investimentos em infraestrutura e inovação.
Portela percebe uma transformação em desenvolvimento. O Brasil possui segmentos de destaque e tem progredido de maneira progressiva. Diversas organizações encontram-se em fase de testes, o que indica que a trajetória de crescimento está iniciando. A concorrência e a disseminação de soluções mais acessíveis tendem a acelerar ainda mais essa tendência nos próximos anos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Para Jayro Navarro Junior, engenheiro e consultor empresarial com 34 anos de atuação nos setores de TI e telecomunicações, é necessário estabelecer limites. “Claro que sou um defensor nato da tecnologia, mas ainda acredito no capital humano. Tanto acredito que penso que, como tudo na vida, é preciso ter bom senso. Utilizar IA para otimizar processos e organizar protocolos pode ser benéfico, contudo, querer automatizar tudo é, no mínimo, falta de inteligência. Cabe a cada empresário dosar até onde vai o ônus e o bônus e entender que, como sociedade, devemos valorizar as conexões entre nós que são essenciais. A IA deve trabalhar para o empresário e não o contrário.”
Ainda considerada ferramenta de apoio pelas organizações, espera-se que a IA se torne, em breve, parte central das estratégias corporativas. “A inteligência artificial vai além da automação. Ela será um diferencial competitivo indispensável para quem deseja crescer de forma sustentável no novo cenário empresarial, com limites e objetivos claros e definidos”, conclui Portela.
Fonte por: Jovem Pan