Empresas musicais grandes estão em negociações de licenciamento com startups de inteligência artificial

Empresas do setor musical almejam definir novas diretrizes para o emprego e pagamento relacionado a obras produzidas por meio de tecnologia.

02/06/2025 21:15

2 min de leitura

Empresas musicais grandes estão em negociações de licenciamento com startups de inteligência artificial

Negociações entre Grandes Empresas Musicais e Startups de IA

Grandes empresas do setor musical estão em negociações avançadas com startups de IA sobre acordos de licenciamento que podem alterar a forma como os artistas são remunerados pelo uso de suas músicas em conteúdo gerado por tecnologia.

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A Universal Music Group, Warner Music Group e Sony Music Group estão negociando individualmente com Suno e Udio, duas plataformas de IA que empregam catá musicais existentes para o treinamento de modelos generativos.

As discussões visam estabelecer estabilidade na relação entre música e inteligência artificial, em face da crescente incerteza regulatória. Legisladores avaliam o uso de obras protegidas por direitos autorais por parte da IA, gravadoras e startups enfrentam pressão de investidores para desenvolver modelos de negócios que assegurem a conformidade legal, ao mesmo tempo em que mantêm vínculos com os criadores.

O foco das negociações reside na demanda das empresas musicais por sistemas de rastreamento e identificação comparáveis à tecnologia Content ID do YouTube. Essa infraestrutura possibilitaria o acompanhamento preciso do material de origem em músicas geradas por inteligência artificial, auxiliando na quantificação do uso e assegurando que a remuneração seja devida aos detentores de direitos.

Além do pagamento financeiro, as gravadoras procuram maior controle sobre o desenvolvimento e uso de ferramentas musicais gerativas, o que pode envolver participação no design e nos recursos dos produtos, indicando o interesse dos executivos musicais em desempenhar um papel mais ativo na formação do ecossistema musical impulsionado por inteligência artificial.

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As negociações seguem em frente, porém um ponto crucial é definir modelos de remuneração que se adequem a portfólios completos e que também incentivem músicos cautelosos em relação à diluição provocada pela inteligência artificial. Alguns artistas manifestaram preocupações sobre como sua obra pode ser utilizada sem supervisão ou consentimento apropriados.

Para contornar a resistência entre os artistas, os acordos propostos incluem disposições de exclusão que possibilitariam a artistas individuais remover seus catá de aplicações específicas. Adicionalmente, os acordos poderiam solucionar processos judiciais em curso que imputam às startups o uso de música sem autorização e podem envolver a aquisição de participações acionárias nas empresas de inteligência artificial pelas sociedades de direitos autorais.

As conclusões dessas negociações provavelmente definirão parâmetros cruciais para o emprego de propriedade intelectual em IA generativa em toda a indústria do entretenimento. Conforme a disputa para definir normas éticas e comerciais nesse campo se intensifica, o acordo entre detentores de direitos e empresas de tecnologia inovadoras pode auxiliar na construção de um caminho para uma utilização mais abrangente.

Com informações do Investing.com Brasil.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.