Acordo entre Grupos Espaciais Europeus
Os principais grupos espaciais da Europa anunciaram nesta quinta-feira (23) um acordo preliminar para colaborar na fabricação e prestação de serviços de satélites. Essa decisão surge após meses de negociações visando enfrentar a crescente concorrência de rivais como a Starlink, de Elon Musk.
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O entendimento entre Airbus, Thales e Leonardo resultará na criação de um novo empreendimento com sede na França, previsto para 2027. Essa é a mais significativa união de ativos aeroespaciais europeus desde a formação da fabricante de mísseis MBDA em 2001.
Impacto e Expectativas do Acordo
Roland Lescure, ministro das Finanças da França, destacou que o acordo “fortalecerá a soberania europeia em um contexto de intensa concorrência global”. A nova parceria deverá empregar 25 mil pessoas e gerar uma receita de 6,5 bilhões de euros, com base nas projeções de 2024.
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As empresas esperam que essa união produza sinergias que podem alcançar centenas de milhões de euros em um período de cinco anos. No entanto, não foram fornecidos detalhes sobre como essas sinergias serão alcançadas.
Desafios e Oportunidades no Setor Espacial
Embora as empresas já tenham realizado cortes de 3 mil empregos em suas divisões espaciais, não foram mencionados novos cortes. Os executivos afirmaram que o foco agora será direcionado para o crescimento potencial.
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As negociações, conhecidas como “Projeto Bromo”, começaram no ano passado, inspiradas no modelo de cooperação da MBDA, que é controlada pela Airbus, Leonardo e BAE Systems. Os fabricantes de satélites da Europa enfrentam desafios para desenvolver espaçonaves complexas em órbita geoestacionária, especialmente com a ascensão de satélites menores e mais acessíveis, como os da rede Starlink da SpaceX.
