Empresas descobrem a inovação ao investir em perspectivas distintas

Iniciativa demonstra como a inclusão de profissionais marginalizados pode produzir inovações tecnológicas e diversificar o ambiente empresarial.

24/08/2025 11:33

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Nem todos iniciam a carreira profissional com as mesmas condições. Alguns possuem acesso à educação, redes de apoio e oportunidades, enquanto muitos permanecem à margem de uma sociedade que demanda qualificação, mas não oferece as condições para obtê-la. Surgem, então, potenciais ainda não identificados, aptos a contribuir para empresas e para a transformação social, se encontrassem oportunidades.

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Carmela Borst, na obra “O que a genialidade dos olhares não óbvios pode trazer às empresas”, discorre sobre inclusão como ato de reparação. Para ela, aptidão e talento não se limitam a determinados grupos, como empresas, cor de pele, gênero, idade ou nível de escolaridade. Eles estão presentes em indivíduos que frequentemente são reduzidos a dados estatísticos de desemprego ou abandono escolar.

Educação, tecnologia e oportunidades.

A construção de caminhos através da educação e da geração de empregos é vista como uma estratégia sustentável e transformadora. Nesse contexto, a tecnologia desempenha um papel central, desde que seja democratizada e aplicada para incluir e não excluir.

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O mais importante não é acompanhar a velocidade das inovações, mas assegurar sua democratização. Isso implica em capacitação, letramento digital e o uso da inteligência artificial de maneira acessível às empresas e à sociedade, afirma Carmela.

O SoulCode Studio surgiu com o objetivo de agregar talentos variados em projetos de tecnologia. Indivíduos que antes eram considerados parte de indicadores de exclusão social, atualmente desenvolvem produtos digitais, conferindo identidade e criatividade em soluções para empresas de diferentes setores.

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Potência criativa

A abertura a profissionais de diferentes origens permite às empresas obter novas perspectivas e maneiras de pensar. Para Borst, a diversidade transcende a simples representatividade e aumenta a capacidade criativa, promovendo a inovação.

O mercado necessita acreditar nessas perspectivas. Não se trata apenas de incorporar, mas de criar espaço para ideias que questionem padrões. Quem já se encontrou à margem compreende como redefinir o interior.

Fonte por: Carta Capital

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.