Empresas da bolsa brasileira como Itaú, Petrobras e Vale devem pagar dividendos extras; descubra as condições financeiras necessárias

Itaú, Petrobras e Vale atraem a atenção dos investidores; descubra as condições financeiras essenciais para a distribuição de proventos extraordinários.

15/10/2025 6:03

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Investidores Buscam Dividendos Extraordinários

Os investidores estão atentos a empresas que oferecem dividendos extraordinários, uma chance de retorno além dos proventos regulares. Entre as grandes companhias da bolsa, Itaú (ITUB4), Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3) se destacam por fatores que podem impactar suas decisões de distribuição.

O Itaú se destaca como o mais provável a anunciar dividendos extras, impulsionado por resultados sólidos e uma forte geração de caixa. Em agosto, o banco reportou um crescimento significativo nos lucros, resultado de uma gestão eficiente de custos e da adoção de tecnologias que aumentaram a eficiência operacional.

O BTG Pactual observa que o Itaú se beneficiou de um ambiente de taxas de juros em mudança, favorecendo margens em várias áreas de negócios. A instituição projeta um dividend yield de 7,9% para este ano, com expectativas de 8,5% em 2026 e 9,4% em 2027.

Leia também:

Vale (VALE3)

Apesar da cotação do minério de ferro acima de US$ 100 a tonelada e previsões otimistas para o terceiro trimestre, a chance de a Vale pagar dividendos extraordinários diminuiu após o anúncio de recompra de R$ 16 bilhões em debêntures perpétuas. Analistas destacam que essas debêntures não são consideradas na metodologia da dívida líquida expandida da Vale, o que pode influenciar a distribuição de dividendos.

O CFO Marcelo Bacci mencionou que um nível de US$ 15 bilhões em dívida líquida expandida poderia ser um gatilho para aumentar a remuneração aos acionistas, seja por meio de recompras ou dividendos. O Itaú BBA prevê a distribuição de US$ 500 milhões (R$ 2,669 bilhões) em dividendos extraordinários para 2025 e US$ 1 bilhão (R$ 5,338 bilhões) para 2026, sem um impacto significativo na dívida líquida.

Petrobras (PETR4)

A Petrobras enfrenta um cenário mais desafiador. Com o barril de petróleo próximo de US$ 60, a estatal vê suas receitas e geração de caixa pressionadas, especialmente em um momento de aumento de investimentos e custos com importação de derivados. Com margens reduzidas, a empresa tende a adotar uma política de dividendos mais cautelosa.

Apesar disso, analistas acreditam que a Petrobras pode manter um nível relevante de distribuição aos acionistas, especialmente considerando que 2026 é um ano eleitoral e o governo federal, acionista importante, tem interesse em receber dividendos. Em 2022, a companhia foi a maior pagadora de proventos do mundo, destacando-se em um período de alta nos preços do petróleo.

Em 2024, a Petrobras voltou a figurar no ranking, mas na 13ª posição, refletindo as mudanças no cenário do mercado.

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.