Empresários reduzem a estimativa para a taxa de câmbio nos próximos seis meses, aponta o Banco Central

A mediana das expectativas para a taxa de câmbio em maio, considerando seis meses no futuro, indica um dólar a R$5,80. Esse valor é inferior aos R$6,00 …

30/06/2025 16:49

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Empresários reduzem a estimativa para a taxa de câmbio nos próximos seis meses, aponta o Banco Central
(Imagem de reprodução da internet).

Empresas consultadas pelo Banco Central diminuíram suas estimativas para a taxa de câmbio no Brasil nos próximos seis meses, porém mantiveram a previsão de que a inflação nos anos seguintes permanecerá acima do centro da meta estabelecida pelo Banco Central, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (30).

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Na nova edição da etapa piloto da pesquisa Firmus, que avalia a visão de empresas de outros setores sobre seus negócios e as principais variáveis econômicas, a mediana das expectativas para a taxa de câmbio em seis meses, no mês de maio, indica um dólar a R$5,80. Esse valor é inferior aos R$6,00 projetados na pesquisa anterior, de fevereiro. Nesta tarde de segunda-feira, o dólar à vista apresentava oscilações abaixo de R$5,45 no Brasil.

Embora a expectativa de um dólar menos valorizado – um elemento positivo para o controle da inflação – a mediana das expectativas das empresas para o IPCA em 2025 se manteve em 5,5% em maio. Para 2026, a projeção foi de 4,5%, e para 2027, de 4,00%. Em todos os três casos, os percentuais de inflação projetados estão acima do centro da meta contínua que o Banco Central busca, que é de 3%.

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De acordo com a pesquisa Focus divulgada na manhã desta segunda-feira, que coleta as estimativas das instituições financeiras, a mediana para o aumento do IPCA este ano era de 5,20%. Para 2026, o mercado financeiro prevê uma variação de 4,50%, e para 2027, de 4,00%.

O projeto piloto da Firmus realiza coletas trimestrais e o resultado divulgado nesta segunda-feira refere-se à percepção apresentada entre 12 e 30 de maio por 187 empresas participantes.

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Em relação à atividade econômica, segundo a mediana da Firmus, o PIB deste ano deve crescer 2,00%, o mesmo percentual estimado em fevereiro. A previsão é inferior à projeção de 2,21% apontada na pesquisa Focus desta segunda-feira e ficou abaixo da projeção atual do próprio BC, de alta de 2,1%.

O relatório também indicou que 17,6% das empresas consultadas em maio projetam um aumento de mais de 6% nos custos com mão de obra nos próximos 12 meses, um patamar ligeiramente superior aos 17,3% registrados em fevereiro. Adicionalmente, 60,4% das empresas esperavam um aumento no custo da mão de obra entre 4% e 6% em maio, em comparação com 66,0% em fevereiro.

De acordo com o relatório, também houve diminuição no percentual de empresas que pretendem reajustar os preços de seus produtos de acordo com a inflação (43,3% em maio em comparação com 46,8% em fevereiro).

A autarquia destacou que a maioria dos respondentes avalia que a política comercial dos EUA afetou suas atividades sobretudo pelo aumento da incerteza econômica, mas poucos apontaram efeitos diretos, como alta nos custos de insumos ou concorrência com importados.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.