Empresários brasileiros nos EUA são informados que tarifas são “problema político”

A delegação brasileira em Washington, durante os debates sobre as tarifas de Donald Trump, enfrentou dificuldades para obter atenção e consideração.

A delegação compareceu a audiência no USTR, o representante comercial americano. Realizaram-se seis painéis, com participantes setoriais do Brasil e dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos manifestaram insatisfação — sobretudo — em relação às barreiras não-tarifárias que dificultam o acesso ao mercado brasileiro.

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As organizações mencionaram, a título de ilustração, as normas sanitárias para a importação de carnes e as diretrizes para restringir o desmatamento. A cobrança de tarifas sobre a importação de etanol também foi destacada.

A delegação brasileira, por sua vez, defendeu que o País não implementa ações desfavoráveis ou preconceituosas. E o Representante do Comércio Americano iniciou a análise dentro da denominada Seção 301 — um instrumento utilizado pelo governo para lidar com práticas comerciais consideradas injustas de nações parceiras.

A medida integra a estratégia de ataque comercial da Casa Branca contra o Brasil, que já possui a alíquota de 50%, a mais elevada do mundo.

Existe espaço para se chegar a um entendimento que reduza as tarifas em algum momento. Tudo vai depender muito da evolução dessas conversas, dos acordos que possam surgir. Acredito que há muita coisa que pode ser colocada sobre a mesa e que levará a uma revisão do que foi feito até agora, declarou o consultor Roberto Azevedo, que está na comitiva.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Alban, se reuniu com o Departamento de Estado. De acordo com o dirigente, os americanos manifestaram disposição para negociar, porém, entraves políticos impedem o diálogo no momento.

Dentro dessa discussão política existem variáveis que se referem a empresas americanas que operam no Brasil, onde buscaremos ser colaboradores para encontrar soluções e identificar convergências, não no sentido da política partidária, mas sim na política que se refere a indústrias como big techs e outras.

Na quarta-feira, empresários brasileiros visitaram o Congresso Americano, porém não obtiveram canais de diálogo com um grupo relevante de parlamentares. A comitiva se reuniu, apenas, com assessores legislativos.

Fonte por: CNN Brasil