Empresários aplaudem medida de apoio, mas aguardam informações adicionais

Os setores afetados pela tarifização nos Estados Unidos e resgatados pelo “plano de contingência” do governo, anunciado nesta quarta-feira (13), elogiam a solidez do pacote em uma avaliação preliminar, ainda aguardando informações sobre as medidas.

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, em entrevista com jornalistas após o evento, descreveu o plano como “um bom começo”. “É importante também ter sido sinalizado que, se novas medidas forem necessárias, será automático”, afirmou. “É um conjunto de ações que estão no caminho certo”, disse.

Após o anúncio do plano, a Fiesp manifestou apoio ao pacote. “Medidas para preservar empregos, diversificar mercados e assegurar condições justas de comércio internacional são importantes e demonstram compromisso com a defesa dos setores produtivos nacionais”, escreveu em nota.

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O presidente da APRE Florestas (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal), Fábio Brun, em comunicado à imprensa, expressou uma avaliação positiva. “O pacote contém diversos pontos que podem auxiliar empresas que exportam para os Estados Unidos no curto prazo, permitindo que as companhias sejam capazes de sobreviver”.

A Abrafrutas reconheceu o avanço no apoio às empresas exportadoras com as medidas anunciadas, mas afirmou que elas “não contemplam plenamente a realidade da cadeia produtiva da fruticultura”.

O pequeno produtor, que comercializa sua produção para empresas exportadoras, corre o risco de ficar desamparado neste plano de contingenciamento, uma vez que os instrumentos anunciados priorizam o exportador direto. Sem medidas que cheguem efetivamente à base da produção, há risco de retração nas compras e prejuízo à renda e à permanência desses produtores no campo.

A CNN apurou que o aumento da alíquota do Reintegra e a flexibilização para compras governamentais foram entre as medidas mais apreciadas.

Contudo, na análise dos setores, ainda carecem-se de informações sobre o pacote, como em relação às taxas de juros das linhas de crédito oferecidas e aos critérios a serem empregados para determinar quais empresas terão acesso ao plano.

O pacote ainda depende de ações, como portarias, resoluções e definições de critérios, para que sejam efetivamente implementadas. Nos próximos dias, medidas mais básicas, como a compra de alimentos perecíveis, já entrarão em funcionamento. Contudo, o acesso ao crédito pode levar mais tempo.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, em coletiva de imprensa para explicar as medidas, declarou que a primeira fase será uma reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), prevista para a próxima semana, com o objetivo de estabelecer as condições da linha de crédito de R$ 30 bilhões.

Petróleo, café e aeronaves: principais produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos.

Fonte por: CNN Brasil