Empresa Plusbyte conquista direito de exploração de ponte ligando Brasil e Argentina
A travessia que conecta São Borja (RS) a Santo Tomé (Argentina) representa importância para o comércio mútuo e receberá 99 milhões de dólares em investi…

A Plusbyte SRL conquistou o leilão de concessão da ponte binacional Sã Borja–Santo Tomé, que liga Brasil e Argentina sobre o rio Uruguai, realizado na 4ª feira (16.jul.2025), em Foz do Iguaçu (PR). O grupo apresentou um valor de outorga de US$ 29 bilhões, que será dividido entre os países.
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O próximo lance foi da CS Infra, que apresentou um valor de US$ 26 bilhões. Dada a natureza do projeto, que abrange 2 países, o critério de leilão foi o maior valor de outorga e não o menor valor de Tarifa Básica de Pedágio, adotado como padrão no Brasil.
Comércio e melhorias.
A ponte São Borja-Santo Tomé surgiu de um acordo entre Brasília e Buenos Aires em 1989 e atualmente é vista como um elo estratégico para a integração logística do Cone Sul. Ela liga a BR-285/RS, no lado brasileiro, à Ruta 14, um dos principais corredores rodoviários da Argentina.
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A região representa um ponto estratégico para o comércio exterior do Brasil, respondendo por 20,1% do fluxo comercial com a Argentina (27,5% das exportações e 12,6% das importações), conforme dados da Receita Federal.
A ponte é operada na atualidade pela Mercovia, consórcio composto por empresas da Argentina e da Itália. O grupo administra o ativo desde 1996. O contrato original expirou em 2021, porém foi estendido até que uma nova licitação seja concluída.
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O operador também será responsável pela gestão de uma área alfandegária integrada, onde as autoridades brasileiras e argentinas atuam em conjunto na fiscalização de cargas.
3ª TENTATIVA
As duas primeiras tentativas de licitação resultaram em fracasso. Em janeiro, o processo foi suspenso por medida cautelar do TCU (Tribunal de Contas da União), após questionamentos sobre o edital apresentados pela Ponta Negra Soluções Logísticas e Transportes, uma das empresas interessadas no projeto e que acabou sendo desclassificada. Consulte a íntegra da decisão (PDF – 133 kB).
Em abril, o concurso foi relançado, porém não houve inscrições. O Ministério dos Transportes, então, promoveu uma revisão, conduzida por uma comissão conjunta dos dois países.
Após ouvir o mercado, nós deixamos o edital mais moderno. Mudou a TIR (Taxa Interna de Retorno), que ficou mais adequada às condições econômicas: passou de 8,46% para 15%. As condições de garantia de participação também foram alteradas, afirmou a secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.