O mercado tecnológico brasileiro registra uma carência de profissionais qualificados. Entre 2021 e 2025, o país forma aproximadamente 53 mil profissionais de TI anualmente, enquanto a demanda média é de 159 mil, conforme dados da Brasscom. Essa disparidade estimula empresas a adotar estratégias distintas para atrair e manter talentos diante de um cenário de elevada rotatividade.
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A cultura geek como estratégia
A Bindflow, startup de Curitiba, desenvolveu um programa de gamificação para alinhar sua cultura organizacional ao perfil da equipe, composta por jovens profissionais com grande interesse por tecnologia. A iniciativa, chamada BindVerse, opera em uma plataforma customizada, convertendo tarefas em competições.
Os colaboradores acumulam pontos ao obter certificações, participar de eventos internos ou promover a marca em publicações, podendo trocá-los por vantagens como folga, jantares, consumo no bar e cursos de capacitação.
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Para Karla Kristina, líder de Pessoas e Cultura da Bindflow, a estratégia vai além da competição: “A gamificação não é só sobre prêmios, mas sobre gerar união, conexão e fortalecer o trabalho em equipe”.
Resultados em retenção e produtividade.
A empresa diminuiu a taxa de rotatividade de 78% em 2024 para 24,62% em 2025, representando uma redução de 68,43%. A implementação do modelo também gerou um aumento de 25% na eficiência dos prazos de conclusão de projetos.
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Segundo Karla, os resultados demonstram um conjunto de ações, incluindo contratações alinhadas à cultura da empresa e investimentos em treinamentos internos. “É mais vantajoso trazer alguém disposto a aprender do que contratar com vícios de mercado”, afirma.
Ambiente leve e unificado.
O BindVerse foi criado para atender aos interesses da equipe, com foco principal em profissionais entre 25 e 35 anos. Atividades como o dia do pijama ou jogos de cartas no escritório fortalecem laços e promovem um ambiente mais descontraído.
Adicionalmente, a incorporação da gamificação em ações de gestão de pessoas é relevante. Reuniões individuais, feedbacks estruturados e planos de desenvolvimento pessoal também estão presentes na plataforma, assegurando o alinhamento contínuo entre líderes e equipes.
Ao unir o aspecto divertido ao trabalho, a motivação se eleva e o sentimento de pertencimento se intensifica. A gamificação é um incentivo, porém o que garante o envolvimento é o acompanhamento próximo e a atenção genuína ao desenvolvimento de cada indivíduo, finaliza Karla.
Fonte por: Carta Capital