Foco na educação se destaca como diferencial que consolida 37 anos de atuação.
Um grupo que se antecipa aos tempos e que rompe com padrões. Podemos definir o Grupo JCR – Helicebras, empresa referência em estaqueamentos, fundações e engenharia que atua há 37 anos no país. A visão audaz de seu fundador, João Carolino, engenheiro e professor, foi fundamental para superar essas barreiras e conquistar características muito particulares. “Somos uma empresa familiar que deu certo, já que a entrada da minha filha na corporação me mostrou o poder feminino diante dos desafios e apontou um novo direcionamento do grupo”, revela.
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Larissa Torres, a executiva elogiada pelo pai, identificou a possibilidade de empregar sua vivência para otimizar e ampliar os negócios. “Implementei ações de gestão com foco em educação continuada e desenvolvimento profissional, que geraram um novo dinamismo e renovação, tanto dos colaboradores quanto da marca perante seus clientes, e identificamos que dessa forma, estamos sempre à frente das tendências do setor”, relata.
A atuação da jovem, que é formada em administração, com pós-graduação pela FGV e Insper, e MBA em engenharia pela USP, trouxe uma nova leitura para o cenário, sempre tão masculinizado. “Passei a perceber que a visão periférica feminina faz diferença e adotamos um plano de busca de talentos. Posso dizer que não só essa mescla melhorou o desempenho da JCR, também transmutou o dia a dia dos profissionais na construção civil”, complementa Carolino.
Para investigar como é trabalhar em um setor onde a maioria dos profissionais são homens, a reportagem da Jovem Pan conversou com duas colaboradoras da empresa e abordou de forma aberta os desafios da atuação na construção civil.
Para Gabriela Nascimento, estudante de engenharia civil de 23 anos que trabalha no administrativo de obras, o principal remédio contra o preconceito é o reconhecimento do próprio valor. “Nós mulheres precisamos identificar nosso valor. O segredo é buscar a realização dos sonhos sem se importar com as opiniões alheias, que não farão a menor diferença. Quando nos posicionamos e temos foco, as opiniões ou críticas se tornam combustível e nos tornamos maiores do que já somos.”
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Após três anos de casamento, ela declara não ter experimentado preconceito e que as provocações se restringem a piadas que ouve em conversas informais. Com bom humor, ela retribui os comentários quando alguém brinca que somente a mulher consegue lidar com tantas responsabilidades na vida. “Estamos constantemente cobradas e é necessário praticar o autoamor, pois se trata de um conceito distorcido que a sociedade promove: de que a mulher consegue de tudo o tempo todo, o que não é verdade”, ressalta.
Larissa Moraes concorda em parte com a colega. A técnica em segurança do trabalho, aos 33 anos, revela que por ser mãe solteira de uma menina de 14 anos aprendeu que não há obstáculo que não possa ser superado e que a vida e as dificuldades ensinam. Ela é incisiva ao responder às perguntas que fizemos de forma objetiva e cirúrgica. “Por ser mãe sozinha e independente preciso fazer acontecer e me guio por isso. Então, para mim, tenho que dar conta de tudo, sim, isso é incontestável. O que posso falar sobre as qualidades como mulher na área de construção civil? Ninguém é insubstituível e o que me faz ser diferente é justamente, respeitar a diferença entre as pessoas e suas histórias.”
Ela declara não ter vivenciado situações de preconceito em sua trajetória profissional e, quando questionada sobre o que responderia a um homem que afirmasse que ela estaria no lugar errado, Larissa responde: “Eu diria que esse tipo de opinião não me interessa”. Como Gabriela, ela demonstra estar concentrada em sua vida, formação, carreira e trajetória, ou seja, ambas evidenciam que a objetividade no exercício da função é o ponto crucial.
Na JCR – Helicebras, a presença feminina no quadro de colaboradores é incentivada com critérios justos de oportunidade e desenvolvimento, moldando um ambiente onde a competência define o espaço de cada pessoa. “Temos investido cada vez mais em educação como pilar da mudança real. E quando falamos em educação, não se trata apenas de treinamento técnico, mas de uma atuação contínua que reforça valores como igualdade, profissionalismo, sustentabilidade e meritocracia. Acreditamos que nossa responsabilidade é liderar pelo exemplo e formar profissionais, homens e mulheres, conscientes de que a construção civil do futuro se constrói com propósito e respeito”, finaliza o CEO e presidente João Carolino.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.