A embalagem deixou de ser apenas um meio de proteção de produtos e passou a ter um papel estratégico na competitividade das pequenas empresas. De acordo com o Sebrae, ela funciona como instrumento de marketing e pode aumentar as vendas sem elevar consideravelmente os custos, visto que o valor geralmente está distribuído no preço do produto ou nas despesas operacionais do varejo.

A pesquisa revela a importância desse fator na experiência do consumidor. Dados do Sebrae indicam que 60% dos clientes avaliam a embalagem como mais relevante do que a marca. Uma pesquisa da Two Sides Brasil aponta que 99% das pessoas relatam ser influenciadas, em diferentes graus, pela embalagem durante o processo de compra.

Experiência e impacto nas redes sociais

O ato de abrir um produto, denominado unboxing, consolidou-se como parte da estratégia de fidelização. O Sebrae ressalta que esse primeiro contato pode criar laços positivos e fortalecer o relacionamento entre empresa e cliente.

A experiência é ampliada nas redes sociais, onde vídeos de recebimento e conteúdos de influenciadores digitais tornam o ato de desembalar o produto tão importante quanto o item em si. Uma pesquisa da Mondi aponta que 78% dos consumidores comprariam novamente de um varejista após uma boa experiência de unboxing.

Tipos de embalagens e suas funcionalidades.

Embalagens como o stand up pouch têm se tornado populares entre empresários devido à sua resistência e estabilidade, permitindo a exposição do produto nas prateleiras. O formato pode incorporar zíper, válvulas e impressão personalizada, além de ser aplicado em diversos setores, incluindo cafés, suplementos, cosméticos e bebidas.

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A variedade de aplicações e a capacidade de personalização tornam esse tipo de embalagem uma opção para empresas que desejam se destacar no ponto de venda e estabelecer uma maior conexão visual com o público.

A sustentabilidade se tornou um fator determinante na decisão de compra dos consumidores.

A preocupação ambiental também influencia a decisão de compra. Pesquisas do iFood indicam que 76% dos consumidores valorizam embalagens com selo de responsabilidade ambiental, e 54% preferem restaurantes que utilizam modelos sustentáveis. Um levantamento da CNC aponta que 21% priorizam alimentos com embalagens recicláveis ou biodegradáveis, percentual que atinge 31% no caso de produtos de higiene e beleza.

A adesão a padrões sustentáveis é apontada como requisito para pequenas empresas que buscam certificações ou oportunidades de exportação.

Direções para selecionar a embalagem adequada

O Sebrae aconselha que o investimento em design é o primeiro passo para tornar a embalagem um diferencial competitivo. A seleção de cores, formatos e materiais deve provocar sensações positivas e facilitar o reconhecimento da marca.

Priorizar soluções sob medida em vez de modelos padronizados eleva as chances de sucesso no mercado. A união de praticidade e sustentabilidade prolonga a vida útil do produto e reforça a imagem da marca, indo além do local de venda, como visto em ecobags ou caixas decorativas reutilizáveis.

A Associação Brasileira de Ciências Sensoriais e do Consumidor destaca que embalagens também transmitem valores e reforçam percepções. O emprego de recursos como códigos QR, texturas distintas e sensores de qualidade pode enriquecer a experiência do cliente e favorecer a fidelização.

O Sebrae ressalta a relevância da visibilidade no ponto de venda. Embalagens mal elaboradas podem diminuir a exposição nas prateleiras e afetar as vendas, sendo essencial conciliar estética, funcionalidade e praticidade.

Fonte por: Carta Capital