Embaixador do Panamá propõe transferência da sede da COP, citando custos de acomodação

O embaixador do Panamá no “BCE” do organismo climático da ONU divulgou, por meio das redes sociais, o pronunciamento feito após a reunião do grupo.

Ele manifestou críticas severas em relação ao aumento nos preços das hospedagens para a COP30, que será realizada em Belém, em novembro corrente.

Estou completamente surpreso e, francamente, confuso, pois pela terceira vez neste Gabinete, todas as regiões do mundo falaram com uma só voz à Presidência brasileira, mas parece que nossas palavras entram por um ouvido e saem pelo outro. Parece que estamos vivendo em uma realidade alternativa a cada vez que participamos dessas reuniões. Além disso, nosso tempo está sendo desperdiçado e estamos sendo tratados como tolos.

Ele informou ao secretariado do grupo que solicitasse orientações formais por escrito sobre alternativas e processos para que pudessem solicitar a Presidência da COP30, a mudança da cidade que sediará o evento.

Não se pode realizar uma Cúpula em circunstâncias que excluem a participação e que atentam contra os princípios fundamentais do multilateralismo.

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Mais de 70% das delegações não reservaram acomodações. Esse único dado indica que os atuais acordos são inviáveis, pois as opções oferecidas estão 200 a 400% acima do subsídio diário de subsistência da ONU.

“Chegamos aqui para estabelecer confiança e soluções. Em vez disso, estamos recebendo desculpas e alegações infundadas”, declarou.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da COP30 e da Presidência da República informou que o governo brasileiro reafirma que o evento acontecerá em Belém e que a cidade estará “pronta para receber os participantes desta importante Conferência”.

Podemos demonstrar que todas as condições logísticas, de infraestrutura e de segurança estão asseguradas para a realização da COP30, informaram.

Belém oferece capacidade de hospedagem para a realização do evento, com uma oferta total de 53 mil leitos, 33 mil quartos, distribuídos em diversas categorias (incluindo hotéis, imóveis privados cadastrados e regulamentados, dois navios internacionais de grande porte e acomodações específicas voltadas para povos indígenas, juventude e sociedade civil, assegurando diversidade, acessibilidade e previsibilidade para todas as delegações e públicos).

O Brasil já está realizando um esforço inédito e relevante de investimento para assegurar a COP30 na Amazônia, com a garantia de infraestrutura, logística e hospedagem abrangentes.

id=”Preços elevados”>Preços elevados.

As preocupações sobre os custos das hospedagens para a COP30 não surgiram recentemente. Por exemplo, a secretária do clima da ONU realizou uma reunião de emergência para discutir o tema no início do mês.

Países em desenvolvimento já manifestaram dificuldades em pagar os custos de hospedagem na cidade.

Até o momento, 47 países de uma lista de mais de 190 confirmaram sua presença. As delegações efetivaram o pagamento das reservas de hospedagem, com 39 utilizando a plataforma oficial e oito negociadas diretamente com a rede hoteleira ou outras plataformas.

Essas informações foram divulgadas após uma reunião com o Bureau, na qual alguns países apresentaram questionamentos sobre a organização para a conferência global.

A secretária-executiva da Casa Civil da Presidência da República, Miriam Belchior, rejeitou o pedido de pagamento de um subsídio brasileiro para a hospedagem das delegações.

O governo brasileiro já está arcando com custos expressivos para a COP, portanto, não há como subsidiar delegações de países e, inclusive, delegações de países que são mais ricos que o Brasil.

Fonte por: CNN Brasil