Em junho, o Brasil adicionou 166,6 mil novos empregos à economia

A geração de vagas diminuiu 19,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

04/08/2025 17:07

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A geração de empregos formais diminuiu em junho. De acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, 166.621 vagas com carteira assinada foram criadas no mês anterior. O indicador registra a diferença entre contratações e desligamentos.

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A geração de empregos diminuiu 19,2% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em junho de 2024, foram criados 206.310 postos de trabalho, com base nos dados revisados, que incluem declarações entregues com atraso pelas empresas. Em relação a junho, o volume foi o mais baixo desde 2023, quando foram abertas 155.704 vagas. A análise utiliza a metodologia atual do Caged, iniciada em 2020.

Em seus primeiros seis meses, surgiram 1.222.591 oportunidades de emprego. Esse número representa uma redução de 6,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A análise leva em conta os dados revisados, que incluem as declarações entregues fora do prazo pelas empresas e as correções nos registros de meses anteriores.

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Entre janeiro e junho do ano anterior, foram gerados 1.311.751 empregos formais. A alteração da metodologia do Caged impede a comparação com períodos anteriores a 2020.

Setores

Em sua análise por linhas de atuação, os cinco setores investigados geraram empregos permanentes em junho.

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Os serviços foram os responsáveis pela maior parte das estatísticas, com a geração de 77.057 novos empregos, seguido pelo comércio, que criou 32.938 postos de trabalho. A agropecuária, impulsionada pela colheita, ocupa a terceira posição, com a formação de 25.833 vagas.

Em quinto lugar, encontram-se os setores (de transformação, de extração e de outros tipos), gerando a criação de 20.105 empregos. Adicionalmente, o mercado de trabalho aumentou na construção civil, com a abertura de 10.665 vagas.

Destaques

Nos serviços, a geração de empregos foi impulsionada pelo setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com a criação de 41.477 empregos formais. A área de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais gerou 12.821 vagas.

No setor industrial, o desempenho mais notável foi da indústria de transformação, que adicionou 17.421 empregos em relação às demissões. Em seguida, o segmento de água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação apresentou 1.218 novas oportunidades de trabalho.

A partir de 2020, as estatísticas do Caged não discriminam as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série histórica anterior classificava os dados de comércio atacadista e varejista separadamente.

Regiões

Todas as cinco regiões do Brasil registraram aumento de contratações com carteira assinada em junho. O Sudeste foi a região que mais gerou empregos, com 76.332 novos postos, seguido pelo Nordeste, que adicionou 36.405 vagas. Em terceiro lugar, o Centro-Oeste, com 23.876 novos empregos, impulsionado pela safra. O Sul abriu 18.358 vagas de trabalho, e o Norte criou 11.683 postos formais no mês passado.

Na divisão por unidades da federação, 26 dos 27 estados registraram saldo positivo. Os principais avanços na geração de empregos foram observados em São Paulo (+40.089 postos), Rio de Janeiro (+24.228) e Minas Gerais (+15.363). O único estado que apresentou saldo negativo foi o Espírito Santo, com a perda de 3.348 vagas, sobretudo no setor de café.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.