Em julho, a cidade de São Paulo registrou a chegada de 322 ônibus vandalizados
O volume diário de ocorrências duplicou em comparação com junho, período em que os ataques iniciaram; outros municípios do Estado também apontam para o …

O vandalismo em ônibus se tornou uma ocorrência frequente em São Paulo. Dados da SPTrans (São Paulo Transporte), a empresa municipal responsável pela administração do sistema, indicam 322 incidentes na cidade entre 1º de julho e 16 de julho de 2025.
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O volume diário, que ultrapassa os 20 ataques, é o dobro da média registrada em junho, período em que começaram os atos de vandalismo. A Polícia Civil ainda não identifica os fatores que impulsionam a ação, que se dissemina por outros municípios da região metropolitana e do litoral.
Entre os dias 12 de junho e 30 de junho, ocorreram 179 ataques, com uma média de quase 10 por dia. Acrescentando os registros de julho, o total de apedrejamentos alcança 501.
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Na segunda-feira (15 de jul), um menino de 10 anos sofreu ferimentos por estilhaços de vidro após uma bolinha de gude quebrar a janela de um ônibus no Morumbi, na zona sul da cidade. O jovem recebeu atendimento médico no Hospital Luz Butantã.
O ápice dos ataques ocorreu em 7 de julho, quando 59 ônibus foram vandalizados na cidade. Os incidentes impactam passageiros e trabalhadores do transporte público, que relatam lesões e apreensão durante as ocorrências.
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As empresas de transporte também são afetadas, necessitando recolher veículos de circulação.
Dispersão em todo o território.
O número total de ocorrências no estado atinge 791, incluindo a região metropolitana e a Baixada Santista.
Foram registrados ataques em, além da capital paulista, outros 23 municípios da região metropolitana e Baixada Santista, abrangendo localidades como Barueri, Carapicuíba, Cotia, Cubatão, Diadema, Embu das Artes, Guarujá, Itanhaém, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mauá, Osasco, Praia Grande, Ribeirão Pires, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Vicente, Suzano e Taboão da Serra.
A Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) confirmou que 290 incidentes foram registrados desde o início dos atos de vandalismo.
Linhas de investigação
Atualmente, o DIC (Departamento de Investigação Criminal) da Polícia Civil investiga com três hipóteses para explicar os ataques:
Existem divergências entre o posicionamento do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e as informações do DEIC. Em entrevista ao canal GloboNews na segunda-feira (14.jul), o prefeito indicou que a investigação tende a apontar para desafios da internet.
Na quarta-feira (16 de jul), o DIJ informou que a principal linha investigativa é a disputa entre empresas do setor de transporte urbano coletivo.
A SPTrans comunicou ao Poder360 que a orientação é que as concessionárias informem imediatamente a Central de Operações e formalizem as ocorrências junto às autoridades policiais. Destaca-se que a empresa tem a obrigação de encaminhar o veículo para manutenção, substituindo-o por outro da reserva técnica, que realizará a próxima viagem programada, assegurando a continuidade do serviço prestado aos passageiros. Caso contrário, a empresa é penalizada pela viagem não realizada.
A assessoria de imprensa de Nunes, contatada por este jornal digital, reiterou declarações prévias do prefeito, que declarou ainda não ser possível determinar a motivação dos ataques —mas que os criminosos identificados serão indiciados por tentativa de homicídio. Ele também afirmou que os criminosos operaram em “pontos cegos”, contornando o sistema Smart Sampa de segurança.
A administração do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou, em nota ao Poder360, que as forças policiais estão trabalhando para identificar e prender os responsáveis pelos ataques a ônibus. Até o momento, oito suspeitos foram presos e as investigações seguem em andamento pelo Deic, com o apoio das unidades regionais e da Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER). Paralelamente, a Polícia Militar intensificou o policiamento em todo o estado por meio da Operação Impacto – Proteção a Coletivos. O Deic tem conhecimento de 339 ocorrências relacionadas aos ataques e reitera a importância do registro da ocorrência por parte das empresas de transportes coletivos para contribuir com as investigações em andamento.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.