Em fevereiro, Zelensky recebeu um convite para deixar a Casa Branca; o que ocorreu?

A análise aponta como a relação entre o presidente ucraniano e Donald Trump evoluiu a partir da conversa no Salão Oval.

17/08/2025 18:41

5 min de leitura

Em fevereiro, Zelensky recebeu um convite para deixar a Casa Branca; o que ocorreu?
(Imagem de reprodução da internet).

A última vez que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky esteve na Sala Oval, ele foi criticado por seus anfitriões americanos, teve um almoço cancelado e foi solicitado a deixar a Casa Branca.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ele pode retornar quando estiver preparado para a paz, declarou o presidente Donald Trump após o encontro infrutífero, em fevereiro deste ano.

Seis meses depois, Zelensky retorna à Casa Branca na segunda-feira (18) para conhecer mais detalhes da cúpula de Trump no Alasca com o presidente russo Vladimir Putin e para entender exatamente como o presidente dos EUA imagina a paz na Ucrânia.

Leia também:

Em fevereiro, Trump teria dito a Zelensky: “Você não tem as cartas.”

Após a cúpula de Trump com Putin no Alasca, ainda não está claro como o cenário foi alterado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As primeiras indicações não foram recebidas de forma positiva, nem pelos ucranianos nem pelos funcionários europeus informados sobre o conteúdo da cúpula de quase três horas em Anchorage. Trump disse depois que estava abandonando a esperança de um cessar-fogo imediato, passando a defender um acordo de paz completo sem antes exigir o fim dos bombardeios russos.

Esta é a posição contrária aos líderes europeus e de Zelensky, que sustentam que a Ucrânia não pode ser forçada a negociar seu destino enquanto estiver sob ataque contínuo de Moscou.

Trump também pareceu receptivo ao plano de Putin de grandes concessões territoriais por parte dos ucranianos como condição para o fim da guerra. Ele disse a autoridades europeias por telefone, ao chegar a Washington, que Putin não havia abandonado sua exigência por toda a região leste do Donbas, sugerindo que a guerra poderia ser resolvida rapidamente se Zelensky concordasse em ceder essa área.

A disposição de Trump em fornecer garantias de segurança aos EUA – Ucrânia após o término da guerra gerou otimismo em algumas autoridades europeias, embora os detalhes de suas propostas permaneçam incertos.

Tudo isso deve gerar debates importantes na Sala Oval na segunda-feira, enquanto Trump incentiva o encerramento de um conflito que prometeu resolver em um dia ao assumir o cargo.

Após o desentendimento ocorrido em fevereiro, Trump e Zelensky progrediram significativamente na restauração do relacionamento.

O presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, juntamente com outros líderes europeus, forneceram a Zelensky diretrizes sobre como se relacionar com Trump, recomendando uma abordagem menos confrontacional e expressões mais evidentes de agradecimento pelo apoio dos Estados Unidos.

Zelenski manifestou sua gratidão pelo convite para Washington, informando no sábado (16) no X: “Na segunda-feira, terei uma reunião com o presidente Trump em Washington, D.C., para discutir todos os detalhes sobre o fim das mortes e da guerra. Sou grato pelo convite.”

O chanceler alemão Friedrich Merz, o primeiro-ministro do Reino Unido Keir Starmer, o presidente francês Emmanuel Macron, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, o presidente finlandês Alexander Stubb, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen e outros líderes europeus devem participar das discussões entre Trump e Zelensky, com o respaldo da Europa.

O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, também pode participar da reunião em Washington, de acordo com um oficial.

O convite ao Salão Oval, poucos dias após a cúpula com Putin no Alasca, possui um significado importante. Putin recebeu uma recepção destacada em Anchorage, mas não foi fotografado com o presidente dos EUA naquela sala, que ele não frequenta desde 2005.

Trump aplaudiu quando Putin saiu da pista e entrou no carro blindado ao lado do presidente dos EUA — uma cena incomum para qualquer líder estrangeiro. Trump descreveu as conversas como “calorosas”, e as imagens do dia evidenciaram o retorno de Putin ao cenário diplomático após ter sido isolado após a invasão da Ucrânia.

Ainda assim, também foi recebido com uma demonstração de força: um sobrevoo de um bombardeiro B-2 e quatro caças F-22 Raptor estacionados ao lado do Air Force One, os mesmos aviões utilizados para interceptar aeronaves russas que invadem o espaço aéreo americano.

Na segunda-feira, Zelensky retornará ao Salão Oval pela primeira vez desde que Trump afirmou que ele estava “apostando na terceira Guerra Mundial” e o vice-presidente JD Vance acusou o líder ucraniano de falta de gratidão, perguntando: “Você já disse obrigado uma vez?”. Uma fonte próxima afirmou que Vance também participará da reunião na segunda-feira.

Trump e Zelensky se encontraram pessoalmente duas vezes desde então, e a relação entre eles melhorou significativamente.

Em abril, Trump realizou um encontro rápido com Zelensky no Vaticano, antecedendo o funeral do Papa Francisco, e em junho, em segredo, durante os bastidores da cúpula da OTAN na Holanda.

“Vocês sabem que tivemos momentos difíceis”, disse Trump após o encontro com Zelensky na aliança militar. “Ele não poderia ter sido mais duro.”

“Eu compreendi da reunião que ele preferia que isso terminasse”, declarou Trump.

O encontro no Vaticano foi privado, com Zelensky e Trump sentados próximos um do outro na Basílica de São Pedro, sob uma extensa pintura do batismo de Jesus.

“Acredito que foi a melhor conversa que tivemos com o presidente Trump até o momento”, declarou Zelensky aos jornalistas após o encontro.

Após a reunião, Trump ameaçou impor novas sanções à Rússia e questionou se Putin estava realmente interessado na paz ou apenas “ganhando tempo”.

Entretanto, alguns meses depois, ele cessou de aplicar essas novas sanções, e diversos funcionários ocidentais consideram que Putin ainda está manipulando o presidente para ganhar tempo e atingir seus objetivos na guerra.

Em maio, após Putin recusar o encontro com Zelensky em Istambul, enviando uma delegação de menor importância em seu lugar, Trump declarou aos repórteres: “Vê, nada acontecerá até que Putin e eu nos encontremos, certo?”

Trump superou tal barreira, ainda assim, alcançar uma paz duradoura permanece um desafio.

Fonte por: CNN Brasil

Aqui no Clique Fatos, nossas notícias são escritas com a ajudinha de uma inteligência artificial super fofa! 🤖💖 Nós nos esforçamos para trazer informações legais e confiáveis, mas sempre vale a pena dar uma conferida em outras fontes também, tá? Obrigado por visitar a gente você é 10/10! 😊 Com carinho, Equipe Clique Fatos📰 (P.S.: Se encontrar algo estranho, pode nos avisar! Adoramos feedbacks fofinhos! 💌)