A mobilização se verifica em 181 municípios do estado.
O dia 22 de julho é o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. A data foi marcada pela realização da 3ª Caminhada do Meio-Dia contra o Feminicídio, promovida pela Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), do Governo do Paraná. 181 cidades participaram da ação.
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A data da luta contra o feminicídio foi estabelecida em homenagem à morte da advogada Tatiane Spitzner, de Guarapuava, vítima do crime. A lei 19.873/2019 foi aprovada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).
A Proposta de Lei 218/2022, de autoria da deputada estadual Luciana Rafagnin (PT), considera as implicações do feminicídio. A proposta institui a Política Estadual de Proteção e Atenção Integral aos Órfãos de Feminicídio.
Para a deputada, o 22 de julho é uma data que nos obriga a lembrar: enquanto houver silêncio diante da violência, seguiremos perdendo mulheres. Instituído no Paraná como Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, este dia não é de luto apenas, é de mobilização, memória e luta. Cada nome, cada história interrompida exige respostas do Estado, educação em gênero, proteção real e justiça. Não vamos desistir até que nenhuma mulher mais seja morta por ser mulher.
Em 2024, o Paraná contabilizou mais de 70 mil casos de mulheres vítimas de violência e mais de 50 mil requerimentos de medidas protetivas, conforme dados da delegada Luciana de Novaes, responsável pelas 21 Delegacias da Mulher do Estado.
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Adicionalmente, o Mapa da Segurança Pública de 2024 aponta que sete mulheres foram assassinadas diariamente no Brasil. No Paraná, no primeiro semestre de 2024, o estado teve 168 casos (69 fatais e 99 tentados), sendo o segundo com maior número de ocorrências naquele período. Já em 2024, o Laboratório de Estudos de Feminicídios da UEL (Universidade Estadual de Londrina) registrou 87 feminicídios até março.
A maior parte dos municípios, atingindo 87,4%, participa da 3ª Caminhada do Meio-dia, enquanto os demais 12,6% implementam diversas iniciativas de conscientização.
A marcha, que se estendeu por 181 cidades do estado a partir do meio-dia, visava confluir todos os atores da sociedade comprometidos na prevenção, no enfrentamento e no combate a todas as manifestações de violência contra as mulheres.
No primeiro trimestre de 2025, o Monitor de Feminicídios no Brasil (MFB), da Lesfem/UEL, constatou 87 casos de feminicídio consumados ou tentados no Paraná, com a predominância de relações íntimas entre vítima e agressor.
O Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam) 2025, lançado pelo Ministério das Mulheres, apresenta dados preocupantes: em 2024, foram registrados 1.450 feminicídios e 2.485 homicídios dolosos de mulheres em todo o país, além de lesões corporais que levaram à morte.
Fonte por: Brasil de Fato
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.