Uma baleia foi colidida por uma embarcação no último domingo (6), em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. O incidente ocorreu na área conhecida como Boqueirão, próxima à Praia dos Anjos, e foi registrado por passageiros de outra embarcação que transitava nas proximidades.
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Nas imagens, é possível observar a baleia nadando lentamente próxima à superfície do mar. O movimento do animal é interrompido pelo impacto de um barco de passeio, que se aproxima e atinge o cetáceo. A água se agita no momento do choque.
Indivíduos que estavam na embarcação onde o vídeo foi registrado ficaram assustados com a cena.
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“Que pena, ela a pisou”, disse uma mulher. “O homem a atropelou”, comentou outro passageiro. “Será que ela se machucou?”, questionou uma terceira pessoa.
Outros criticam diretamente a atitude do responsável pela embarcação no incidente.
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A Prefeitura de Arraial do Cabo, por meio da Fundação do Meio Ambiente (FUNTEC), informou que não houve registros de ferimentos, encalhe ou morte da baleia-jubarte no incidente.
A coordenadora do Projeto Mar de Baleias da Funtec Ambiental, Yaci Gallo, declarou que os projetos da região foram implementados, porém até o momento não houve registro de ferimentos em animais. Ela destacou que a responsabilidade pelo monitoramento em águas abertas é do ICMBio e da Marinha do Brasil, e que o município tem atuado na orientação de condutores de embarcações durante a temporada.
Acompanhamos o caso e, até o momento, não há indícios de que a baleia tenha se machucado.
A prefeitura reiterou que a área onde o incidente se passou está em uma unidade de conservação federal. Por conseguinte, a fiscalização da atividade náutica é responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em conformidade com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
A Marinha do Brasil, através do Comando do 1º Distrito Naval, declarou ter ficado ciente do ocorrido no domingo (6) e deslocou uma equipe de Inspeção Naval para o local. Durante a fiscalização, verificou-se que a embarcação em questão estava em situação regular, com o condutor devidamente habilitado e os equipamentos de segurança dentro dos prazos de validade.
A Marinha realiza o monitoramento relacionado à fauna marinha, como a perturbação de cetáceos, que é de responsabilidade dos órgãos ambientais federais, como o ICMBio. A Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio (DelCFrio) colabora com os órgãos competentes, fornecendo as informações necessárias para os procedimentos cabíveis.
Em nota, o ICMBio informou que o responsável será autuado e encaminhado para as investigações criminais junto aos órgãos competentes.
As baleias-jubarte realizam anualmente a migração da Antártica para águas mais quentes da costa brasileira, com período de reprodução entre junho e novembro. A orla do Rio de Janeiro é uma das rotas dessa viagem, e a presença desses animais tão próximos da costa atrai observadores da vida marinha e pesquisadores.
A espécie pode atingir 16 metros de comprimento e pesar até 40 toneladas. Apesar do tamanho, as jubartes são conhecidas por seus saltos e comportamentos curiosos, características que as tornam uma das mais observadas no turismo ecológico.
De acordo com a legislação ambiental brasileira, é proibido perseguir, cercar ou se aproximar excessivamente de cetáceos, como baleias e golfinhos. A distância mínima recomendada entre embarcações e esses animais é de 100 metros. O descumprimento das normas pode acarretar sanções administrativas, civis e criminais.
Fonte por: CNN Brasil