Em 2026, o novo CNPJ alfanumérico entrará em vigor, demandando atenção das empresas com sistemas fiscais
A alteração não influencia os registros preexistentes, porém afeta softwares de emissão de notas, bancos de dados e integrações contábeis.

A Receita Federal informou que, a partir de julho de 2026, o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) adotará um novo formato. O modelo atual, que consiste apenas em números, será substituído em novas inscrições por um padrão alfanumérico, combinando letras e números nos 14 dígitos do registro.
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A modificação se aplica somente a CNPJs emitidos após a data de implementação. Registros já existentes permanecem válidos e não necessitam ser atualizados.
De acordo com o órgão, a mudança responde à necessidade de expansão da base de combinações disponíveis. Atualmente, com aproximadamente 60 milhões de empresas e filiais cadastradas, o sistema começa a se aproximar do limite técnico.
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Novo padrão amplia possibilidades e assegura sustentabilidade.
A incorporação de letras aumenta significativamente o número de opções, tornando o sistema mais resistente e apto à expansão do mercado. Segundo Diego Dias, vice-presidente de operações, a atualização é estratégica e acompanha o processo de modernização tributária.
Encontramo-nos perante uma adequação técnica com significativas implicações práticas. O novo CNPJ prepara o caminho para o futuro do empreendedorismo no Brasil, declara.
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O novo padrão manterá a estrutura de 14 caracteres, com letras de A a Z e números de 0 a 9. A aparência visual será semelhante à atual, para facilitar a leitura e evitar confusão.
A alteração demanda ajustes nos sistemas fiscais e contábeis.
A solicitação do CNPJ permanece igual, porém a inclusão de letras no registro demandará atualizações nos sistemas empregados pelas empresas.
É necessário adaptar os sistemas de emissão de notas fiscais, bancos de dados internos e ferramentas de contabilidade para reconhecer os novos códigos.
É importante que empresas e profissionais da área fiscal comecem a planejar essas adequações com antecedência, alerta Dias. Falhas na leitura de documentos fiscais ou no cruzamento de dados podem comprometer a operação e o cumprimento de obrigações acessórias.
Código de validação também será adaptado.
O cálculo do Dígito Verificador (DV), que valida a autenticidade do CNPJ, continuará sendo realizado pelo método Módulo 11. Contudo, ele passará a considerar valores alfanuméricos.
Os caracteres serão convertidos utilizando a tabela ASCII. O valor de cada caractere será subtraído de 48, como no exemplo da letra “A”, que vale 65 na tabela e será tratado como 17.
Nova estrutura incorpora projeto da reforma tributária.
A alteração no CNPJ acompanha a reforma tributária em desenvolvimento no país. O novo formato será parte da estrutura necessária para a implementação de tributos como a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Essas cobranças buscam simplificar e unificar o modelo vigente, demandando sistemas mais modernos e integrados para a arrecadação e fiscalização.
“Estamos nos referindo a uma reorganização que viabiliza todo o novo modelo de arrecadação previsto para os próximos anos”, declara Dias.
A Receita disponibilizará suporte tecnológico para a transição.
A Receita Federal comunicou que todos os sistemas públicos serão atualizados até julho de 2026. Serão disponibilizadas ferramentas de apoio para auxiliar na adaptação de softwares privados.
Empresas com grande dependência de tecnologia fiscal devem iniciar os testes e atualizações ainda em 2025, assegurando a compatibilidade com a nova estrutura e prevenindo falhas na operação.
O CPF numérico é apenas a primeira de diversas atualizações que surgirão com a reforma tributária. Estar preparado desde já é uma maneira de proteger a operação e assegurar a conformidade fiscal, afirma Diego Dias.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.