Em 2025, o planeta registrou a terceira temperatura mais elevada já observada, segundo um estudo

Na Europa, o mês registrou o quinto pior desempenho, com países lidando com incêndios florestais intensificados por ondas de calor no verão.

09/07/2025 7:07

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Em 2025, o planeta registrou a terceira temperatura mais elevada já observada, segundo um estudo
(Imagem de reprodução da internet).

Uma pesquisa do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus revelou que junho de 2025 foi o terceiro mês mais quente do mundo, e o quinto mais quente na Europa.

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Na Europa Ocidental, incluindo França e Espanha, o mês registrou a temperatura média mais alta já documentada em 20,49 °C.

Um relatório divulgado nesta quarta-feira (9) indica que o instituto identificou “anomalias” e “extremos” na temperatura do ar na superfície entre 17 de junho e 5 de julho, que apresentaram um aumento de 1,10 °C em relação à média entre 1991 e 2020, utilizada como referência.

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Freya Vamborg, cientista climática da Copernicus, afirmou à agência de notícias Reuters que foram detectadas duas ondas de calor durante a segunda quinzena de junho, com origem na Península Ibérica e que se propagaram para o nordeste da França, Reino Unido, Alemanha e outras áreas do sul.

Adicionalmente, a temperatura da superfície do mar na região ocidental do Mediterrâneo seguiu em ascensão durante o mês, resultando em um aumento do estresse térmico.

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Contudo, o relatório também indica que, em nível global, junho de 2025 apresentou uma temperatura 0,20 °C inferior ao recorde de junho de 2024 e 0,06 °C abaixo da temperatura de junho de 2023.

A variação de temperatura foi de apenas 1,3 grau acima das temperaturas pré-industriais, quando anteriormente haviam sido registradas temperaturas 1,5 grau acima dos níveis pré-industriais (1850–1900).

Portanto, mesmo em relação àquela escala de aquecimento global e aumento da temperatura, sempre existem variações, e algumas delas são, por exemplo, causadas pelo fenômeno ENSO.

A chamada oscilação El Niño – Índice Sul (ENSO) é um padrão climático recorrente que envolve a variação da temperatura da água no Oceano Pacífico tropical oriental, causando alterações na circulação atmosférica global e, consequentemente, nos padrões climáticos.

Em 2023-24, verificou-se um intenso El Niño, que usualmente eleva as temperaturas em um patamar em constante ascensão.

O Copernicus é parte do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), que opera em nome da Comissão Europeia com financiamento da União Europeia.

De acordo com o ECMWF, é provável que as ondas de calor se tornem mais frequentes, mais intensas e impactem um número maior de indivíduos em toda a Europa.

Fonte por: CNN Brasil

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.