Em 2024, o Brasil registra aumento expressivo, alcançando mais de 30 mil transplantes, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde divulgou informações em uma entrevista coletiva realizada na quarta-feira (4).

04/06/2025 12:39

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Em 2024, o Brasil registra aumento expressivo, alcançando mais de 30 mil transplantes, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde

Em 2024, o Brasil atingiu mais de 30 mil transplantes, conforme dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (4). O aumento foi de 18% em comparação com 2022, superando os níveis anteriores à pandemia de Covid-19 e estabelecendo um recorde no volume de procedimentos realizados em um ano.

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Conforme dados, os órgãos mais transplantados em 2024 foram os de rim (6.320) e os de fígado (2.454), entre os sólidos, e os de córnea (17.107) e os de medula óssea (3.743) entre os líquidos. Destes, 85% dos transplantes são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 2024, contabilizaram-se mais de 4 mil doadores efetivos, mantendo-se um nível consistente em comparação com 2023 (4.129) e superando os números de 2022 (3.522). Contudo, ainda representa um obstáculo o incremento no número de doadores de órgãos, sobretudo devido à necessidade de autorização familiar em muitas doações. De acordo com o Ministério da Saúde, apenas 55% das famílias entrevistadas em 2024 consentiram com as doações de órgãos.

Diante do cenário, a pasta anunciou uma série de medidas para os próximos anos, incluindo a revisão do regulamento técnico do Sistema Nacional de Transplantes para diminuir as negativas e elevar o número de doações. Entre as medidas anunciadas pelo Ministério, está o Novo Programa de Qualidade em Doação para Transplante (Prodot), que visa capacitar, monitorar e financiar equipes com foco em entrevistas familiares.

Adicionalmente, foram divulgadas também ações para diminuir o intervalo entre a doação e a realização do transplante, com a introdução da avaliação cruzada online, um exame que verifica, remotamente, se o receptor apresentará rejeição ao órgão doado. Anteriormente, esse teste era executado somente em São Paulo, Rio Grande do Sul, Piauí e Pernambuco.

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Outras medidas anunciadas pelo órgão incluem:

“As medidas que estamos anunciando hoje reduzem o tempo de espera para quem está na fila do transplante, mas fazem mais do que isso”, afirma Alexandre Padilha, ministro da Saúde, em coletiva de imprensa. “Ao qualificar um hospital para fazer transplante, ele tem que ter um laboratório muito bom, tem que ter uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) muito boa, um serviço de urgência muito bom, por que, se não acolher de forma adequada humanizada, você não conquista aquela pessoa para ser um potencial doador”

Investir em transplantes, além de salvar vidas, contribui para a qualificação de tecnologias, a produção de conhecimento, a qualificação dos serviços, gerando uma melhoria no atendimento especializado e auxiliando na redução do tempo de espera, e na execução mais ágil do programa “Agora Tem Especialistas” [lançado em maio deste ano para ampliar o acesso da população a consultas, exames e cirurgias], complementou o ministro.

Série acompanha a disputa contra o tempo para transplante de órgãos.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.