Em 2024, conflitos armados alcançam níveis sem precedentes, aponta estudo

Estudo aponta 61 incidentes com envolvimento governamental em 36 nações; representa o maior volume documentado desde 1946.

13/06/2025 20:39

1 min de leitura

Em 2024, conflitos armados alcançam níveis sem precedentes, aponta estudo
(Imagem de reprodução da internet).

O mundo contabilizou 61 conflitos armados com envolvimento de Estados em 36 países durante 2024. É o maior número desde 1946, conforme estudo do Prio (Instituto de Pesquisas de Paz de Oslo) divulgado na quarta-feira (11.jun.2025). A pesquisa, com base em dados da Universidade de Uppsala, na Suécia, indica que certos territórios enfrentam múltiplos confrontos simultâneos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em comparação com 2023, quando foram registrados 59 conflitos em 34 países, os números confirmam uma tendência de escalada da violência internacional. O levantamento compila conflitos desde 1946, possibilitando a análise histórica das tendências de confrontos armados.

A distribuição geográfica dos conflitos aponta a África como o continente mais afetado, com 28 ocorrências. Em seguida, aparecem:

Leia também:

Os conflitos no continente americano ocorrem na Colômbia e no Haiti.

Em relação aos conflitos não-estatais, o estudo identificou 74 ocorrências em 2024, seis a menos do que em 2023. A América Latina apresentou cerca de 13.000 mortes nesse tipo de conflito, representando 74% do total mundial de 17.500 e quatro vezes mais do que os registrados na África.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Não se trata apenas de um acréscimo, trata-se de uma transformação estrutural. O mundo atual é muito mais violento e muito mais fragmentado do que era há uma década, afirmou Siri Aas Rustad, principal redatora do relatório.

O IPEA adverte que a situação presente exige maior envolvimento global, notadamente dos Estados Unidos. O documento menciona a política “America First” implementada pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano) após seu retorno à Casa Branca em janeiro de 2025.

Não é oportuno que os Estados Unidos ou qualquer outra grande potência renunciem ao seu compromisso internacional. Diante do aumento global da violência, o isolacionismo representaria um grande erro com consequências de longo alcance sobre a vida humana, declarou Rustad.

A pesquisadora afirmou que renunciar à solidariedade internacional naquele momento implicaria distanciamento da estabilidade que os Estados Unidos contribuíram para estabelecer após 1945.

Fonte por: Poder 360

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.