Elon Musk afirma que documentos relacionados ao caso Epstein mencionam Donald Trump
Executivo afirma que “essa é a real motivação” pela qual o republicano não divulgou os documentos referentes ao escândalo. Consulte o Poder360.

O bilionário Jeffrey Epstein foi preso em julho de 2019 por acusações de abuso sexual e tráfico de pessoas. Ele foi encontrado morto na prisão em agosto do mesmo ano, com sinais de suicídio.
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Em janeiro de 2024, tornou-se pública uma primeira lista de documentos sigilosos referentes ao envolvimento de figuras notáveis com Epstein. Os documentos mencionam “embora sem uma indicação explícita de ilicitudes” uma proximidade de Epstein com os ex-presidentes dos Estados Unidos Bill Clinton (democrata) e Donald Trump e com o príncipe Andrew, do Reino Unido. Leia a íntegra, em inglês (PDF – 23,9 MB).
As críticas surgiram após Musk, durante seu mandato, expressar sua “insatisfação” com o projeto fiscal de Trump, que, de acordo com agências independentes da Câmara dos EUA, aumentaria o déficit das contas públicas em mais de US$ 2 trilhões ao longo de 10 anos.
Após deixar o Doge (Departamento de Eficiência Governamental), Musk criticou o “grande e lindo” projeto de lei e o chamou de “abominação repugnante”. Quando questionado sobre as declarações, Trump afirmou que está “muito decepcionado” com o dono da Tesla.
De acordo com Trump, a remoção dos benefícios para veículos elétricos foi o que desestabilizou Elon Musk e o levou a criticar o projeto considerado “notável”.
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Preferiria que ele me criticasse do que criticasse a lei; ele [Elon Musk] conhecia esse projeto de lei melhor do que ninguém e só teve um problema quando descobriu que eu cortaria a obrigatoriedade de veículos elétricos”, disse o presidente dos EUA na Casa Branca.
O empresário declarou que o governo “jamais” apresentou o pacote fiscal a ele “em uma única ocasião”. Ele afirmou que o projeto foi aprovado “às escondidas” e que “poucas pessoas no Congresso tiveram a oportunidade de lê-lo”.
“Não importa. É preciso manter os cortes de incentivos para veículos elétricos/solares no projeto de lei, mesmo que nenhum subsídio para petróleo e gás seja alterado (muito injusto!!), mas eliminar a grande quantidade de medidas relacionadas à carne de porco no projeto de lei.”
As críticas do bilionário, que surgiram há menos de uma semana após a saída do governo, podem influenciar a votação do projeto no Senado. A Câmara dos Representantes — equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil — aprovou o pacote em uma votação bastante restrita, com 215 votos a favor e 214 contra.
Senadores republicanos, como Rand Paul, de Kentucky, e Mike Lee, de Utah, concordaram com o proprietário da Tesla sobre as questões relacionadas ao projeto.
A troca de críticas também afetou as ações da empresa de carros elétricos de Musk, que apresentaram queda de 8% nesta quinta-feira (5.jun).
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.