As trocas detectadas pela Polícia Federal no celular apreendido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), demonstram a articulação entre os dois na tentativa de obter o cargo de governo dos Estados Unidos para a aplicação de punições contra o ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal).
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O relatório da Polícia Federal aponta que ações específicas foram mencionadas por Eduardo em mensagens ao pai, demonstrando conhecimento do que ocorreria.
Naquele dia, 15 de julho, o parlamentar declarou que “muitas coisas estavam acontecendo” e sugeriu que o ex-presidente evitasse conceder entrevistas. Ele informou que participaria de duas reuniões e um jantar naquele dia. No dia seguinte, provavelmente iria à Casa Branca.
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Se você mencionar algo sobre os EUA que não condiz com o que estamos realizando aqui, poderá comprometer algumas ações.
“Magnitsky em Moraes está muito, muito próximo. Você dá entrevista, sai a Magnitsky, vai cair na sua conta e o Moraes vai abrir mais um inquérito contra você”, prosseguiu.
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Bolsonaro solicita que Eduardo o atenda e, em seguida, redige mensagem informando que não se aprofundaria nas sanções e que se concentraria nas denúncias da PF.
Dois meses depois, em 30 de julho, o governo de Donald Trump implementou a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes.
Fonte por: CNN Brasil