O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), manifestou-se contra a concessão de anistia ampla sem restrições a indivíduos condenados por participação em atos golpistas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
É legítimo ao Congresso discutir. É uma figura que está, da anistia, presente na nossa legislação. Discutível, do ponto de vista técnico-jurídico, se ela se aplica num caso de tentativa de golpe de Estado. Só não acho saudável que se discuta nesse momento,
As discussões sobre o perdão aos golpistas têm ocorrido desde o início do ano, mas se intensificaram após a articulação liderada pelo governador Tarcísio de Freitas (São Paulo), que tenta se candidatar para concorrer ao Palácio do Planalto com as bênçãos de Jair Bolsonaro. A pressão para pautar o texto coincide com o início do julgamento contra o ex-presidente Lula (PT) para anular a vitória de Lula (PT) e manter-se no poder.
LEIA TAMBÉM!
Para o governador, antes de qualquer discussão sobre o assunto, é necessário esperar pela decisão que emanará da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. “Sou contrário à anistia. Tenho grande concordância com o governador Tarcísio em relação ao tamanho do Estado, em reformas, parcerias com a iniciativa privada. Mas divergi nesse ponto. Acredito que é um erro, prejudicial para o País, o tema da anistia”, pontuou o governador.
Leite declarou não ser saudável tratar do perdão aos golpistas, considerando-se que as provas reunidas pela investigação da Polícia Federal apontam para “uma sequência de atos que prepararam uma descredibilização das eleições”, a exemplo do plano Punhal Verde e Amarelo, que previa capturar e assassinar Lula, Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O julgamento da ação contra o núcleo crucial do golpe foi interrompido na quarta-feira, após as sustentações orais dos advogados das partes. O julgamento será retomado na semana seguinte, com o voto de Moraes, que é relator do caso.
Fonte por: Carta Capital