Eduardo critica Tarcísio por acordo com os Estados Unidos: “É uma falta de respeito”
Deputado afastado critica governador por visita à Embaixada dos EUA e afirma que retornará ao Brasil somente se Moraes for sancionado.

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou na segunda-feira (14.jul.2025) que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o desrespeitou ao buscar, de próprio impulso, uma solução para as tarifas de 50% impostas ao Brasil por Donald Trump.
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Após a repercussão negativa da medida de Trump, Tarcísio recuou do tom inicial sobre a tarifação. No sábado (12.jul), o governador passou a defender uma solução negociada com os EUA. Afirmou que seriam necessários “esforços conjuntos” para reverter a medida. Na sexta-feira (11.jul.2025), ele se reuniu com a embaixada do país norte-americano em Brasília.
Eduardo e seus aliados demonstram maior eficiência nas negociações com Washington.
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O Tarcísio empregou canais inadequados. O filho do presidente encontra-se nos Estados Unidos. O Tarcísio não possui motivos para desejar costurar uma decisão que provavelmente resultará em mais um acordo prejudicial [expressão popular usada quando apenas um dos lados da parceria sofre prejuízo]. O Tarcísio precisa compreender que o filho do presidente está nos Estados Unidos e tem acesso à Casa Branca.
Já demonstramos que somos mais eficazes do que o próprio Itamaraty. O filho do presidente, exilado nos Estados Unidos, buscava uma via alternativa. É uma afronta a mim. Mas não estou buscando aceitação pública, estou buscando pressionar o Moraes.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme apurado pela Folha, concedeu o seu apoio tácito à iniciativa do governador de São Paulo de reverter o desgaste em relação à embaixada norte-americana. A crise tarifária tem impactado o plano do governador Tarcísio, que está sendo desenvolvido como uma opção de centro da direita.
Ao responder sobre Tarcísio e Romeu Zema (Novo), que também criticou as tarifas, Eduardo sugeriu que ambos cederam após cobranças.
Ele afirmou que isso surgiu após declarações iniciais, mais fortes, e provavelmente depois de conversas telefônicas, não tenho como comprovar, mas acredito que houve alguma pressão. Principalmente o Zema, disse.
O presidente americano critica o processo judicial que investiga o núcleo central na tentativa de golpe de Estado em 2022. O posicionamento de Trump foi acompanhado por Eduardo e por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como forma de pressionar o STF (Supremo Tribunal Federal).
O parlamentar afastado declara que “a única solução para o Brasil se desvencilhar desse valor é com o Alexandre de Moraes ceder”.
Ele negou ter arrependimento da ofensiva: “O que não é benéfico para o país é continuar jogando velha na cadeia”.
Eduardo afirmou que avalia como muito provável renunciar ao cargo, estando em licença desde março. Uma sugestão para que ele trabalhasse à distância foi feita por apoiadores, porém sem chances de sucesso.
O deputado também afirmou que só retornará ao Brasil se houver punições contra Moraes. Segundo ele, o exílio autoimposto é uma medida de proteção.
Minha data de retorno é quando Alexandre de Moraes, ministro do STF, não tiver mais poder para me deter, afirmou.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.