Eduardo Bolsonaro ameaça: “Sem anistia, não haverá eleição em 2026”

Deputado Eduardo Bolsonaro intensifica discurso golpista e pressiona Congresso por anistia após condenação de Jair Bolsonaro.

03/10/2025 13:35

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(Imagem de reprodução da internet).

Eduardo Bolsonaro Defende Anistia Ampla para 8 de Janeiro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reacendeu o debate político nesta quinta-feira (2), ao defender que a realização de eleições em 2026 está condicionada à aprovação de uma anistia abrangente para os envolvidos nos atos que ocorreram em 8 de janeiro. Essa declaração resgata o tom conservador e, por vezes, radical, que caracterizou o período em que seu pai, Jair Bolsonaro (PL), ocupou a Presidência da República, intensificando as divergências dentro da direita brasileira.

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Anistia como Condição para 2026

De acordo com informações do Correio Braziliense, Eduardo Bolsonaro justificou a anistia como um “mínimo aceitável” em defesa da democracia, argumentando que qualquer alternativa, como a redução de penas para os condenados, representaria uma derrota política. O parlamentar criticou a proposta de negociação de trechos do projeto da dosimetria, expressando ceticismo sobre sua viabilidade de avançar.

Críticas a Alexandre de Moraes e Possível Candidatura

Além disso, Eduardo Bolsonaro tem intensificado as críticas ao ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de perseguição contra apoiadores do ex-presidente. O parlamentar também sinalizou a possibilidade de concorrer ao Palácio do Planalto em 2026, mesmo sem o apoio explícito de seu pai, o que agrava as disputas internas dentro do Partido Liberal (PL). A declaração de Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, sobre o potencial de “matar politicamente” Jair Bolsonaro, evidencia a tensão interna.

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Projeções e Dificuldades da Anistia

As chances de a anistia ser aprovada são consideradas mínimas, segundo apuração do Correio Braziliense. O clima político em Brasília não favorece a proposta, e a maioria dos parlamentares considera inviável qualquer anistia que inclua Jair Bolsonaro. O relator do Projeto de Lei da Dosimetria, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), tem adiado a apresentação de seu parecer em busca de consenso entre Câmara e Senado, que apresentam divergências em pautas sensíveis.

Isolamento Político

Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro continua a pressionar o debate, gerando constrangimento até mesmo entre aliados da direita. A defesa da anistia ampla tem sido vista no Congresso como uma estratégia que pode isolar ainda mais o filho do ex-presidente, intensificando as tensões dentro do PL.

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Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.